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Polícia ouve jogadores e médicos
DA REPORTAGEM LOCAL
O goleiro Silvio Luiz, o lateral-direito Anderson Lima e o médico Paulo Forte, do São Caetano,
mais o volante César Sampaio e os
médicos José Sanches e Marco
Aurélio Cunha, do São Paulo.
Estas serão as primeiras pessoas
a serem ouvidas pela polícia no
inquérito aberto ontem para investigar se houve negligência no
atendimento e na escalação do zagueiro Serginho, 30.
O caso será investigado pelo delegado Guaracy Moreira Filho, titular do 34º Distrito Policial, que
fica no bairro do Morumbi.
"Eu assisti à partida pela televisão e partiu de mim a decisão de
abrir o inquérito para apurar se
houve homicídio culposo [sem
intenção de matar] ou se tudo
não passou de uma fatalidade",
declarou Moreira Filho, que espera receber dentro de 20 dias o
atestado de óbito de Serginho -o
corpo do jogador passou por uma
autópsia, cujo resultado foi divulgado apenas para a família.
A pena em caso de condenação
por homicídio culposo varia de
um a três anos de detenção.
Segundo o delegado, após colher os primeiros depoimentos
dos atletas e médicos, ele pretende convocar o técnico Péricles
Chamusca, da equipe do ABC, e
outras pessoas que tiveram contato com o Serginho. Os ouvintes,
segundo Moreira Filho, prestarão
depoimento na condição de testemunhas, a partir da próxima terça-feira. "O inquérito deve estar
concluído dentro de 30 dias."
A Folha apurou que Paulo Forte
e Itamar Patrocínio Rosa, massagista do São Caetano, tiveram de
ser sedados ontem -ambos estavam em estado de choque.
Anteontem, após ter sofrido parada cardiorrespiratória, Serginho foi atendido no gramado pelos médicos dos dois clubes, que
tentaram reanimá-lo com massagens no peito e respiração boca a
boca. Depois, o atleta seguiu de
maca a uma unidade móvel do
São Luiz, hospital onde foi feito o
anúncio da morte.
(KT, TA E EAR)
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