|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Exames médicos não bastam para profissionais
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Com freqüência há relatos de
jogadores de futebol submetidos a exaustivos exames médicos. Mas não é o suficiente. Em
relação à saúde do atleta profissional, devem ser acrescentadas as informações relacionadas a seus antecedentes clínicos
e de seus familiares.
A morte súbita é a morte
inesperada e inexplicável -pelo menos, nos primeiros momentos. Ela provoca impacto
por ocorrer em pessoas aparentemente portadoras de um
coração normal, como se espera que um atleta deva ter.
A morte, na maioria dos casos, está relacionada a doenças
cardíacas de origem genética,
de transmissão hereditária.
São problemas que provocam arritmia cardíaca, distúrbio que transtorna a regularidade do batimento cardíaco e
pode levar à parada cardíaca.
Uma doença observada nesse
grupo é a cardiomiopatia hipertrófica, caracterizada por
um aumento de espessura das
paredes do coração, sem causar
dilatação dos ventrículos.
A massa muscular dos ventrículos, aumentando excessivamente, durante intenso esforço
físico pode provocar arritmia.
Uma atividade esportiva que
provoque rápida aceleração em
curtas distâncias causa palpitação, e essa taquicardia pode se
transformar na arritmia fatal
que leva o atleta à morte.
Os especialistas consideram
que mais de 50% dessas ocorrências estão relacionadas à
presença da cardiomiopatia hipertrófica nos atletas jovens.
Por isso, a orientação aos
portadores desse problema é
evitar esportes competitivos
que demandam grandes esforços, como o futebol.
Texto Anterior: Ciente de doença, São Caetano escalou Serginho em 47 jogos Próximo Texto: Polícia ouve jogadores e médicos Índice
|