São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAIBA MAIS

Exames médicos não bastam para profissionais

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Com freqüência há relatos de jogadores de futebol submetidos a exaustivos exames médicos. Mas não é o suficiente. Em relação à saúde do atleta profissional, devem ser acrescentadas as informações relacionadas a seus antecedentes clínicos e de seus familiares.
A morte súbita é a morte inesperada e inexplicável -pelo menos, nos primeiros momentos. Ela provoca impacto por ocorrer em pessoas aparentemente portadoras de um coração normal, como se espera que um atleta deva ter.
A morte, na maioria dos casos, está relacionada a doenças cardíacas de origem genética, de transmissão hereditária.
São problemas que provocam arritmia cardíaca, distúrbio que transtorna a regularidade do batimento cardíaco e pode levar à parada cardíaca.
Uma doença observada nesse grupo é a cardiomiopatia hipertrófica, caracterizada por um aumento de espessura das paredes do coração, sem causar dilatação dos ventrículos.
A massa muscular dos ventrículos, aumentando excessivamente, durante intenso esforço físico pode provocar arritmia. Uma atividade esportiva que provoque rápida aceleração em curtas distâncias causa palpitação, e essa taquicardia pode se transformar na arritmia fatal que leva o atleta à morte.
Os especialistas consideram que mais de 50% dessas ocorrências estão relacionadas à presença da cardiomiopatia hipertrófica nos atletas jovens.
Por isso, a orientação aos portadores desse problema é evitar esportes competitivos que demandam grandes esforços, como o futebol.


Texto Anterior: Ciente de doença, São Caetano escalou Serginho em 47 jogos
Próximo Texto: Polícia ouve jogadores e médicos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.