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VÔLEI
Investimento dos favoritos Suzano e Banespa, campeões olímpicos tentam superar falta de entrosamento nas semifinais
Paulista testa o valor dos selecionáveis
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles chegaram badalados. Com
o ouro olímpico no peito, eram as
principais estrelas de um campeonato marcado pelo êxodo e
por investimentos em novatos.
Mas, exatamente por causa deste
status, não conseguiram brilhar.
Nalbert, Rodrigão e André Nascimento entraram em seus times
com o Paulista em andamento e,
às vésperas das finais, ainda não
chegaram ao entrosamento ideal.
O capitão da seleção também
amargou um longo período de
molho para se recuperar de duas
lesões (no ombro e no tornozelo).
A força do trio agora, no entanto, passa a ser fundamental. É neles que Suzano e Banespa apostam para ratificar o favoritismo e
chegar à decisão do Paulista.
O Banespa, de Nalbert, abre os
mata-matas semifinais hoje, às
20h, contra o Araraquara.
O time do técnico Mauro Grasso construiu a melhor campanha
da primeira fase sem o capitão do
ouro olímpico. Com ele de titular,
nas últimas rodadas, venceu um
jogo e perdeu outro, exatamente
para o adversário de hoje.
"É, vou ter de ganhar meu lugar
no time. A gente tem de matar um
leão a cada dia", afirma um bem-humorado Nalbert.
O ponta de 30 anos está confirmado como titular. Grasso acredita que o peso de sua experiência
será fundamental para o time.
"Quando ele entrou, houve uma
quebra na comunicação da equipe. Mas ele precisa de muito pouco tempo para se adaptar", acredita o treinador, que se surpreendeu com o rendimento do time.
"No primeiro turno, aparecemos como surpresa. Mas, na segunda etapa, confirmamos que tínhamos condições. A garotada
respondeu muito bem", completou ele, que comanda jogadores
com média de 22 anos.
Atrás do Banespa (11 vitórias e
uma derrota) na fase classificatória apareceu o Suzano. Reforçado
por dois jogadores de seleção, o time de Ricardo Navajas fez campanha irregular (nove vitórias e
três derrotas). O panorama, porém, já era esperado pelo técnico.
"Recebemos os atletas cansados
da Olimpíada, estávamos sem o
Dirceu [lesionado] e o Vitor [na
seleção juvenil] e não tivemos
tempo suficiente para treinar. Vôlei não é igual a futebol, exige repetição, treinamento. Na Superliga, estaremos bem, mas nas semifinais, chegamos do jeito que dava", acredita Navajas.
O baixo rendimento na primeira etapa deixou insatisfeitos os
campeões olímpicos. "Nossa chegada acabou atrapalhando o time", diz o meio Rodrigão.
Na sua série semifinal, que começa amanhã, o Suzano enfrentará a atual campeã paulista, a Ulbra-São Paulo. O time do Sul terminou a primeira fase na terceira
colocação (perdeu quatro vezes).
Para Navajas, o jogo preocupa.
Ele preferia estar na pele do maior
rival. "O campeonato começa
agora. Todo mundo sabia quem
seriam os classificados, só ia mudar a ordem. É claro que eu preferia enfrentar Araraquara. Não é
menosprezar o adversário, mas é
um nível completamente diferente [da Ulbra]", avalia o técnico.
(MARIANA LAJOLO)
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