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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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FUTEBOL

Campeã, equipe faz "ensaio" contra rival que também retornou à elite

Palmeiras se despede da Série B com partida nível A

MARCUS VINICIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem bem superou o "pesadelo" da Série B, o Palmeiras pega hoje o primeiro de seus rivais da elite de 2004, em uma espécie de ensaio para o ano que vem. Com um olho no passado e outro no futuro, o clube se despede da segunda divisão em jogo contra o Botafogo às 16h, no Parque Antarctica.
"Já estamos pensando no ano que vem. Temos de jogar essa partida aí e começar nosso planejamento para o Paulista e a Série A", diz Vágner, prevendo um começo de clima de primeira divisão. "Pode terminar como segunda divisão, mas são duas equipes que cresceram bastante e devem continuar melhorando", afirma o técnico Jair Picerni.
"Se vencermos, ficamos com o dobro de pontos do Botafogo, o que coroaria o ano", diz Élson.
Após mais de sete meses de sucesso disputando a competição, o time do Palmeiras superou todas as expectativas: teve a melhor campanha, mais vitórias que nos últimos dois anos de Brasileiro juntos, o melhor ataque, a melhor defesa e conquistou o título com uma rodada de antecedência.
Fora dos gramados, o time também fez história: conseguiu sua maior média de público nos últimos dez anos -18.907 pagantes, cerca de 34% a mais que no ano passado. Apesar de receber cerca de R$ 4 milhões em cotas de TV, metade do que recebeu em 2002, o clube acabou ganhando em renda nos jogos como mandante e em exposição como visitante.
A equipe teve 14 dos 17 jogos fora de casa transmitidos pela TV aberta. O último deles, que garantiu o título e a volta à elite, deu à Record sua maior média de audiência no ano, com 18 pontos. Por 41 minutos, a emissora ficou em primeiro lugar na disputa televisiva, o que não acontecia havia dois anos e meio em São Paulo.
Se alguns jogadores pensam na vitória, outros vêem o jogo como mera formalidade. Em entrevista nesta semana, Magrão e Lúcio, pelo lado do Palmeiras, e Sandro, Jorginho Paulista e Valdo, do Botafogo, deram a entender que o empate será o melhor resultado.
"Por mim já era. Já garantimos o acesso e tiramos um peso enorme das costas", afirmou Magrão. Valdo chegou até a sugerir um placar. "Acho que o placar de 1 a 1 está bom demais. Assim todos vão ficar satisfeitos", disse o meia.
Marcos desmente o clima de festa. "Se fosse para fazer festa, eu chamaria o Botafogo para um churrasco ou uma cerveja. O jogo é sério", disse o capitão da equipe, que terá férias de segunda-feira próxima até o dia 2 de janeiro.
A única coisa que o clássico que acontecerá pela terceira vez na Série B -e, por ora, última- pode mudar é a artilharia. Vágner, atacante do Palmeiras com 17 gols, ainda pode igualar ou ultrapassar Waldomiro, do Remo, com 18.


NA TV - Palmeiras x Botafogo, às 16h, na Globo e Sportv


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