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Bola-sabão da NBA é reprovada por estudo
Pesquisa diz que material sintético é
escorregadio e difícil de ser segurado
Trabalho de universidade dá
munição a jogadores que
fizeram comparações a um
brinquedo infantil; liga, de
novo, minimiza as críticas
DA REPORTAGEM LOCAL
Os atletas da NBA estavam
certos. A nova bola, de material
sintético, é mais difícil de ser
segurada, quica menos que a
antiga, de couro, e fica mais escorregadia quando molhada.
Pelo menos é isso o que concluiu estudo promovido pelo
Departamento de Física da
Universidade do Texas em Arlington a pedido de Mark Cuban, proprietário do Dallas, finalista da temporada passada.
James Horwitz conduziu a
pesquisa que mostrou que a bola sintética quica de 5% a 8%
menos que a de couro quando
arremessada de uma altura de
1,22 m. Além disso, sua trajetória é até 30% mais irregular.
Molhada com o suor dos atletas durante o jogo, o material
sintético se torna mais escorregadio, dificultando o domínio.
O estudo dá munição aos
atletas, que reclamaram, ainda
na pré-temporada, da dificuldade com o novo material, após
anos com bolas de couro.
"Parece uma dessas bolas baratas que são vendidas em lojas
de brinquedo", comparou Shaquille O'Neal, do Miami.
Sintoma disso ou não, suas
médias desabaram. O pivô tem
obtido 14 pontos, 7,5 rebotes e
um toco por partida, bem abaixo de seu histórico (26,3 pontos, 11,7 rebotes e 2,5 tocos).
Dan Touhey, vice-presidente
de marketing da Spalding, fornecedora da NBA, refuta as críticas. Ele diz que a bola pode
quicar menos dependendo do
piso em que foi feito o teste. E
que o melhor desempenho da
bola de couro se deve, provavelmente, à antigüidade do material -o artefato não é fabricado
mais desde agosto de 2005.
"Essa bola [de couro] provavelmente está fora das especificações técnicas da NBA. Com
certeza já foi muito usada e molhada", comenta Touhey, cuja
companhia defende que o material sintético possui mais
imunidade ao suor dos atletas.
Charles Barkley, ex-astro da
NBA, defende que há diferença.
"Odeio bolas novas. Quando jogava, sempre queria as velhas."
Questionado sobre qual uso
faria da pesquisa encomendada, o polêmico Cuban foi quase
tão sintético como a bola que é
alvo das críticas: "Nada".
"Quis apenas auxiliar a liga
com os dados que dispunha."
Com agências internacionais
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