DA REPORTAGEM LOCAL

Para que Matías Defederico se torne o craque de referência que o Corinthians pretendia ter ao contratá-lo e inscrevê-lo como camisa 10, a comissão técnica do clube avaliou que o mirrado jogador de 20 anos precisa ganhar massa muscular.
A estratégia, porém, parece não estar agradando ao atleta. Em entrevista ao diário esportivo "Olé", da Argentina, Defederico se queixou do que considera uma exagerada preocupação com a forma física por parte dos times brasileiros.
"Jogo muito diferente de como jogava no Huracán. Aqui se preocupam muito com o físico, e a verdade é que me sinto gordo, pesado. Não estou tão rápido como era aí", disse o meia.
"É muita academia, creatina [suplemento vitamínico]. Já engordei quatro quilos e meio e, mesmo que eu lhes diga que não me sinto bem, não me ouvem", completou.
O jogador reclamou também que o técnico Mano Menezes não lhe coloca para jogar na posição em que atuava na Argentina, como atacante, o que lhe valeu até comparações com o astro Lionel Messi, do Barcelona.
"A verdade é que o técnico não me deu a chance de jogar assim. Agora jogo parado, armando a jogada. Os outros vivem se chocando, vocês não têm ideia. E quando eu paro a jogada e dou um passe, todos vão à loucura", disse.
Hoje, contra o Flamengo, Defederico deve começar novamente a partida como um dos três atacantes que chegam de trás para abastecer Ronaldo.
"Jogamos com Ronaldo na frente, um meia atrás dele, que sou eu, e dois atacantes por fora", contou o camisa 10 ao diário argentino.
Sobre o Fenômeno, aliás, Defederico se mostrou encantado por trabalhar com seu ídolo -um dos motivos que o fez brigar com o Huracán para ser vendido ao Corinthians em agosto.
"Antes de começar o jogo, quando estamos ali no meio-campo, ele fica brincando comigo, fazendo piadas", contou Defederico.


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