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JUCA KFOURI
Adeus 1998
Da perspectiva brasileira, as
duas maiores façanhas futebolísticas do ano que se encerra
foram alcançadas pela seleção
da França e, pasme, pelo... Juventude de Caxias do Sul, Rio
Grande.
A França, porque se inscreveu no fechado clube dos campeões mundiais, que eram seis
e agora são sete.
E, embora tenha sido um título inquestionável, sem arbitragens caseiras e com adversários do porte de Itália e Brasil
pela frente, nada indica que
um dia, fora da França, os tricolores obtenham seu bicampeonato.
Mas fazia 20 anos, desde
quando a Argentina ganhou a
Copa que organizou em 1978
de maneira muito menos limpa, que o clube dos campeões
mundiais não recebia um novo
sócio. Convulsões de Ronaldinho à parte, os 3 a 0 da partida
final comandada por Zinedine
Zidane já fazem parte da história do futebol.
O outro grande feito do ano
foi mesmo o do Juventude.
Desde 1954, quando o Renner
ganhou pela primeira, e última
vez, o título gaúcho - para depois desaparecer-, Inter e
Grêmio se revezavam no pódio
dos pampas. Pois o Juventude
quebrou não somente uma hegemonia de 44 anos como nada
indica que vá desaparecer, ao
contrário.
Mas o ano, é claro, foi sobretudo do Vasco, não só pelo centenário, mas, principalmente,
pela conquista da Taça Libertadores da América.
São Januário, enfim, assume
ares internacionais e, ainda
por cima, se moderniza.
(Por favor, caros vascaínos,
não há aqui a menor sombra
de dúvida sobre o que é mais
importante, se o título estadual
do Juventude ou o da Libertadores. Apenas parece ser mais
difícil para o time de Caxias
derrubar a dupla Gre-Nal do
que o Vasco fazer o que fez,
apesar do River Plate e do Cruzeiro).
Já o Palmeiras ganhou a Copa do Brasil, o que por si só é
importante. De quebra, acabou
com a banca corintiana, que se
orgulhava de ser o único dos
paulistas a ter a taça.
Mais: ganhou derrotando o
Cruzeiro na final, o que dispensa maiores comentários para
justificar sua presença aqui
neste balanço.
Finalmente, o Corinthians,
novamente campeão brasileiro, também ao decidir com o
brilhante Cruzeiro (sempre!).
Time que mais pontos ganhou durante toda a competição, o alvinegro teve de sofrer
mais do que merecia para repetir a conquista de 1990.
E dessa vez a culpa foi das arbitragens.
E eu fui. De férias.
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