São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2001

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PAINEL FC

Tirando o chapéu

Ontem, durante sua participação no "Programa Raul Gil", que a Record exibe sábado, Eurico Miranda, deputado e presidente do Vasco, tirou o chapéu para Edir Macedo (dono da Record), Francisco Dornelles (ministro do Trabalho), João Havelange, Chacrinha, Eduardo Farah e Roberto Carlos, o cantor.

Na bronca
Porém Eurico não tirou o chapéu para os jornalistas Milton Neves e Juca Kfouri, para Pelé e para a TV Globo. Afirmou que, se o incêndio nas gravações do "Xuxa Park", dia 11, tivesse ocorrido na Record, a emissora teria sido interditada e Edir Macedo, expulso do país.

Lágrimas
No final das gravações do programa, Eurico Miranda revelou seu "lado humano". Ele chorou durante a exibição de videoteipe em que seus filhos e sua mulher afirmavam que ele é um bom pai, bom marido e ótimo torcedor do Vasco. Eurico foi levado à Record por Leleco Barbosa, filho de Chacrinha.

1998 ou 2000?
O Bastia desmente versão de Eduardo José Farah, que diz que o dinheiro das duas primeiras parcelas da venda de Piekarski para o time francês só ficaram disponíveis em novembro do ano passado. Por e-mail, a diretoria do Bastia diz que o dinheiro -US$ 1,2 milhão- ficou disponível para Farah em 1998.

Circulando
Ao diário ""Lance", o presidente da FPF, que ""esqueceu" US$ 1,2 milhão durante cerca de dois anos no exterior, admite que a quantia deva ""ter ficado rodando por lá em bancos". O problema é que, sendo o cheque -de US$ 600 mil- nominal, cruzado, não-endossável e emitido em nome de Farah, ele não pode ter sido usado -e o dinheiro aplicado- sem o conhecimento do dirigente.

Estremecimento
As relações entre Farah e Reynaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da FPF, ficaram abaladas com a entrevista do segundo para a Folha. Farah ainda não se conforma com declaração de Bastos, que admitiu haver picaretagem na venda de Piekarski, feita pela FPF, para a França.

Desautorizado
Segundo sua assessoria, quem vai explicar a transação é Farah -e só ele. O curioso é que Bastos afirma que quem conduziu a negociação foi ele, e não o presidente da federação.

Nova...
Gustavo Borges começa a se preparar para suceder Coaracy Nunes na presidência da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Após ter contratado os serviços da ESM -Entertainment Sports Management- para cuidar de sua imagem, tem se dedicado a dar palestras para empresas. A última do atleta, que em março volta a treinar nos EUA, foi para o Bradesco.

...carreira
O nadador acha que as palestras e as aulas de oratória a que assistiu são importantes para quando for atuar como dirigente. O sonho de Borges é assumir a CBDA em cinco anos. Ele tem o apoio do próprio Coaracy.

Ofendido
Não pegou bem a estratégia de Wanderley Luxemburgo de se oferecer ao Palmeiras. Chateado, Marco Aurélio reclamou com o diretor de futebol Américo Faria do que chamou de falta de ética do ex-técnico da seleção. Lembra que, quando estava dirigindo o Brasil, Luxemburgo não gostava de críticas a seu trabalho. E motivos para criticar a seleção não faltavam.

Por trás dos panos
O próprio Américo Faria não esconde e diz a amigos que Luxemburgo está por trás da ação da Mancha, torcida responsável pela campanha contra Marco Aurélio. A uniformizada nega.

Promoção
A Antarctica vai enfeitar 1,5 milhão de latinhas de Guaraná em alusão à participação do Brasil na Davis. A equipe liderada por Guga estréia na semana que vem, no Rio, contra o Marrocos.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do goleiro Zetti, do União Barbarense, que derrotou a Matonense nos pênaltis pela segunda rodada do Paulista:
-Já era tempo para os juízes aprenderem que não existe paradinha em cobranças de pênalti. Estou cansado de sofrer gols deste jeito. O atacante espera você pular, e aí fica muito fácil.

CONTRA-ATAQUE

Trabalho voluntário?

Na cerimônia que marcou a contratação de Pelé como comentarista da PSN, canal esportivo do HMTF, fundo norte-americano que administra Corinthians e Cruzeiro, ninguém queria falar em dinheiro.
A Pelé, pelo menos dois jornalistas perguntaram quanto ele iria ganhar na nova função. Nas duas vezes, porém, o ex-jogador fugiu da resposta.
A alternativa, então, passou a ser Jacques Kremer, presidente da PSN. Ele também se esquivou, afirmando que "entre amigos nunca se fala em dinheiro".
Foi aí que entrou outro repórter e perguntou para Pelé:
-Tudo bem que você não queira falar em cifras, mas pode dar pelo menos alguma idéia dos valores envolvidos?
Pelé achou gozada a pergunta, mas decidiu colocar um ponto final na questão:
-Agradeço muito a preocupação de todos vocês com quanto eu vou ou não vou ganhar. O que posso dizer é para vocês não esquentarem a cabeça. Podem dormir tranquilos que o Pelé não foi enganado. Com certeza, não vou trabalhar de graça.


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