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Dodô some, e time cogita rescisão
DA REPORTAGEM LOCAL
As ausências nos treinos de ontem e anteontem de Dodô, irritado por ficar na reserva, devem
forçar a diretoria do Palmeiras a
rescindir o contrato com o atleta.
"Esse caso está nas mãos do
Mustafá [Contursi, presidente do
clube]", limitou-se a falar o diretor de futebol, Sebastião Lapolla.
Por seu lado, o jogador, que tem
contrato até junho, exige que a diretoria palmeirense se reúna com
seu empresário e acerte uma extensão de contrato até dezembro
em razão de o Campeonato Brasileiro, que começa em março, estar programado para oito meses,
e o jogador quer ter segurança
que vai disputá-lo por inteiro.
Já o Palmeiras enfrenta seu primeiro problema disciplinar da
gestão de Jair Picerni e tem no
ataque uma inflação de jogadores. Além de Dodô, há Muñoz,
Leandro, Thiago Gentil, Carlos
Castro, Vágner e Edmílson.
"Estamos em início de trabalho
e não é hora de vaidades", sentenciou o técnico palmeirense.
Picerni privilegiou Dodô na
pré-temporada e fez várias elogios a ele ("Sua técnica é rara").
Mas o atacante não correspondeu na estréia do Paulista, no domingo, e saiu vaiado. Leandro,
seu substituto, marcou o segundo
gol sobre o Mogi Mirim e ganhou
a vaga de titular. Isso irritou Dodô, que jogou no chão o colete de
reserva no treino de anteontem.
Dodô é detentor de um dos salários mais altos do time -cerca
de R$ 70 mil mensais- e sua saída aliviaria a folha de pagamento.
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