MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo pega o limitado Juventus, às 20h30, no Morumbi. Seria fácil se o time de Oswaldo de Oliveira não estivesse empatado com o rival, nenhum ponto ganho, no Grupo 2 do Paulista.
Seria fácil, ainda, se a pressão que a equipe tem sofrido da diretoria, principalmente o técnico, não existisse. Se o presidente do clube não tivesse dito que não prevê nenhuma possibilidade de tropeço do time. E se os são-paulinos não tivessem caído na estréia.
O São Paulo só não está na lanterna da chave porque a Internacional levou ontem uma goleada da Portuguesa Santista (o saldo põe o time de Limeira em último).
Há outros problemas, mas os são-paulinos sabem que jogar em casa contra um time mais fraco pode reverter o quadro. Ou piorá-lo: um resultado que não a vitória causará muitos problemas.
"Se quando o juiz apitar o fim do jogo o placar não apontar vitória do São Paulo, vamos ter problemas. A partir daí, terei que tratar deles", disse Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do clube.
Não é o único que pensa assim. O diretor de futebol, Carlos Augusto Barros e Silva, afirmou que "não admite a hipótese de o São Paulo não chegar à final".
Alheios à política desde que o técnico foi duramente criticado pelo vice do clube, Márcio Aranha, os jogadores se negaram a comentar a chance de perderem.
"Se perdermos, será o caos, mas não vai acontecer. Precisamos ganhar porque criaram uma expectativa muito ruim e porque fechamos com o técnico", disse Jean.
Oliveira sabe que outro tropeço pode causar sua demissão, mas disse não temer um mau resultado só por isso. "Não penso em perder porque é um torneio curto. Precisamos ganhar para ficar perto dos rivais. Não tenho medo [de ser demitido]. Sei que futebol é resultado e estou preparado", disse o técnico, que optou por Gustavo Nery na lateral esquerda apesar de a diretoria ter oficializado ontem a inscrição de Fabiano.
O Juventus, que perdeu na estréia, deverá ter três mudanças, com Sidnei (meia), Luizão (lateral) e Alvim (ataque).