São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 2003 |
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FUTEBOL Revelação dos juniores, Rafinha ofusca xodós do treinador rival e dá passe para gol da Lusa diante do Corinthians Teen causa primeiro tropeço de Geninho
RICARDO PERRONE DA REPORTAGEM LOCAL Rafinha, um garoto de 19 anos revelado nos juniores da Lusa, fez o técnico Geninho amargar o seu primeiro tropeço como comandante do Corinthians. Justamente em seu primeiro jogo no Pacaembu pela nova equipe, ele ouviu seu time ser vaiado pelos corintianos no empate em 1 a 1. Com o resultado, o Corinthians ocupa o terceiro lugar no Grupo 3, com quatro pontos, dois a menos que o São Caetano e empatado com o América. A Lusa está em quinto, com um ponto. Os corintianos terminaram o primeiro tempo vencendo por 1 a 0, quando o sucessor de Carlos Alberto Parreira viu brilharem as suas duas apostas: Renato, autor do gol, e o volante Pingo. Porém a entrada do atacante Rafinha, na etapa final, desorientou os corintianos. A revelação da Lusa atacou, driblou e deu o passe para Róbson empatar. Foram três dribles e 12 passes, um errado. O empate foi comemorado como uma vitória pelo time do Canindé, que havia estreado com derrota diante do São Caetano, enquanto o rival vencera o Marília em seu primeiro jogo. O Corinthians começou com a sua característica de trocar passes lentamente para se aproximar da área adversária. Porém os jogadores tinham dificuldade para cumprir a ordem de Geninho, que pediu para o time finalizar mais. Após os primeiros 20 minutos, a Lusa conseguiu trocar mais passes no ataque. Justamente quando os corintianos tinham mais dificuldade, Renato abriu o placar. Ele levantou a bola na área, Fábio Luciano não a alcançou, mas atrapalhou Gléguer, ex-goleiro do alvinegro, que não evitou o gol. "Esperava que o Fábio Luciano fosse desviar a bola, mas, de repente, ele saiu da frente e não deu para fazer nada", disse Gléguer. O gol fora encomendado por Geninho a Renato durante a semana. "Ele não sabe armar, vai fazer gols para mim", havia ordenado o treinador. Não por coincidência, Renato comemorou o gol no banco, com o técnico. Foi o segundo gol do meia em dois jogos. Em todo o Brasileiro, ele havia marcado dois gols. O meia terminou a primeira etapa como o corintiano mais acionado, com 24 passes recebidos, maior lançador, após fazer quatro lançamentos, e como o principal finalizador ao lado de Deivid, com duas conclusões. Além de Renato, o volante Pingo, outro xodó de Geninho, fez a diferença. O jogador ocupa a vaga de Vampeta, que recupera a forma física, e foi o segundo mais acionado do time no primeiro tempo, com 22 bolas recebidas. No segundo tempo, a Lusa mudou a sua maneira de jogar. Passou a trocar passes com rapidez e a prender o adversário no campo de defesa. Tudo isso graças a Rafinha, que voltou do intervalo no lugar do lateral-esquerdo Badé. O gol de empate não demorou a sair. Róbson recebeu de Rafinha, na direita, e chutou forte no ângulo esquerdo de Doni, aos 13min. Geninho experimentou então o que durante a semana afirmara temer nos tempos em que era rival de seu atual clube: o poder de reação do Corinthians ao ser empurrado pela torcida no Pacaembu. "Sempre que o Corinthians sofre um gol, a torcida responde gritando o nome do time. Os atletas se empolgam e viram o jogo." Os gritos dos torcedores aconteceram imediatamente após o gol da Lusa, porém o time não reagiu. Já o setor esquerdo da Lusa atormentou a defesa corintiana graças aos dribles de Rafinha. Texto Anterior: Futebol: Seleção sub-20 conhece rivais do Mundial Próximo Texto: Adversário faz Rogério lembrar de Robinho Índice |
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