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São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

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OLIMPÍADA

SP e Rio partilham idéia

Futebol vira consolo em disputa olímpica

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Rio, municípios brasileiros que oficializaram o interesse em recepcionar a Olimpíada de 2012, trabalham a hipótese de transformar o futebol em prêmio para o perdedor da disputa.
A secretária municipal de Esportes de São Paulo, Nádia Campeão, afirmou que discutiria tal idéia com o secretário do Rio, Ruy César, durante ou após o seminário organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, hoje, no Rio.
"Algumas modalidades [dos Jogos Olímpicos] podem ser disputadas fora da capital. No caso do futebol, pensamos em levar jogos para Santos, e é viável uma das chaves ser disputada no Rio, desde que isso não qualifique a divisão da organização dos Jogos. Podemos discutir essa questão quando formos ao Rio [para o seminário]", afirmou Campeão.
Em um segundo momento, no entanto, a secretária optou por adiar a discussão do assunto.
"Seria deselegante discutir isso nesta etapa da candidatura. Fica para depois de julho [quando será definido o candidato brasileiro]. Claro, fazer partidas no Rio, no Maracanã, daria mais significado aos Jogos", disse a secretária, que salientou que, se fosse levada em consideração apenas a questão de infra-estrutura, São Paulo teria condições de receber todas as partidas -na capital, em Santos e em Campinas.
O secretário municipal do Rio demonstrou receptividade.
"Vejo isso com muito otimismo. Terei prazer em conversar sobre a idéia com a Nádia. Infelizmente, conforme consulta por escrito formalizada no COI [Comitê Olímpico Internacional], não é permitida a organização de candidaturas conjuntas. Quando muito, algumas modalidades, entre elas o futebol, podem ir para outros lugares", disse Ruy César.
A secretária Campeão, no entanto, lamentou que uma oferta feita por São Paulo antes da candidatura à Olimpíada, para receber algumas competições do Pan-2007, cujos direitos de organização foram garantidos pelo Rio em 2002, permaneceu sem resposta.
"Não responderam, acho que não ficaram interessados", disse.
"Consultei o COB e a Odepa [Organização Desportiva Pan-Americana], e disseram que não seria possível, não abriram nenhuma guarda", explicou César. "Aliás, essa idéia de dividirmos provas da Olimpíada surgiu de conversa que tive com a Nádia, em uma das primeiras reuniões das quais participamos no COB."


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