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OLIMPÍADA
SP e Rio partilham idéia
Futebol vira consolo em disputa olímpica
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo e Rio, municípios
brasileiros que oficializaram o interesse em recepcionar a Olimpíada de 2012, trabalham a hipótese
de transformar o futebol em prêmio para o perdedor da disputa.
A secretária municipal de Esportes de São Paulo, Nádia Campeão, afirmou que discutiria tal
idéia com o secretário do Rio, Ruy
César, durante ou após o seminário organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, hoje, no Rio.
"Algumas modalidades [dos Jogos Olímpicos] podem ser disputadas fora da capital. No caso do
futebol, pensamos em levar jogos
para Santos, e é viável uma das
chaves ser disputada no Rio, desde que isso não qualifique a divisão da organização dos Jogos. Podemos discutir essa questão
quando formos ao Rio [para o seminário]", afirmou Campeão.
Em um segundo momento, no
entanto, a secretária optou por
adiar a discussão do assunto.
"Seria deselegante discutir isso
nesta etapa da candidatura. Fica
para depois de julho [quando será definido o candidato brasileiro]. Claro, fazer partidas no Rio,
no Maracanã, daria mais significado aos Jogos", disse a secretária, que salientou que, se fosse levada em consideração apenas a
questão de infra-estrutura, São
Paulo teria condições de receber
todas as partidas -na capital, em
Santos e em Campinas.
O secretário municipal do Rio
demonstrou receptividade.
"Vejo isso com muito otimismo. Terei prazer em conversar
sobre a idéia com a Nádia. Infelizmente, conforme consulta por escrito formalizada no COI [Comitê
Olímpico Internacional], não é
permitida a organização de candidaturas conjuntas. Quando
muito, algumas modalidades, entre elas o futebol, podem ir para
outros lugares", disse Ruy César.
A secretária Campeão, no entanto, lamentou que uma oferta
feita por São Paulo antes da candidatura à Olimpíada, para receber algumas competições do Pan-2007, cujos direitos de organização foram garantidos pelo Rio em 2002, permaneceu sem resposta.
"Não responderam, acho que
não ficaram interessados", disse.
"Consultei o COB e a Odepa
[Organização Desportiva Pan-Americana], e disseram que não
seria possível, não abriram nenhuma guarda", explicou César.
"Aliás, essa idéia de dividirmos
provas da Olimpíada surgiu de
conversa que tive com a Nádia,
em uma das primeiras reuniões
das quais participamos no COB."
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