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TÊNIS
Suíço, que ganhou as sete finais de Grand Slam que disputou, superou o cipriota Marcos Baghdatis, a zebra do torneio
Federer, 100%, vence na Austrália e já mira em Paris
DA REPORTAGEM LOCAL
Mal havia terminado de enxugar as lágrimas após conquistar o
Aberto da Austrália ontem, o suíço Roger Federer já estava com a
cabeça bem longe. Mais precisamente 16.805 km, ou a distância
que separa Melbourne de Paris,
cidade que abriga o único torneio
de Grand Slam que ele ainda não
abocanhou: Roland Garros.
Apesar de levar um susto ao
perder o primeiro set, Federer, 24,
não teve dificuldade para despachar o cipriota Marcos Baghdatis
por 3 a 1 (5/7, 7/5, 6/0 e 6/2) e manter 100% de aproveitamento em
Grand Slams: venceu todas as sete
finais que disputou.
"Foi uma vitória diferente hoje
[ontem]. Acho que é por isso que
estou tão sentimental", declarou,
aos prantos, o número um do
mundo. "Estava muito nervoso
antes do jogo. Na verdade estava
inacreditavelmente nervoso."
A declaração soa até estranha
vinda do tenista que venceu sete
dos últimos 11 torneios de primeira linha que disputou. Mais: foi o
terceiro troféu seguido de Grand
Slam (ganhou Wimbledon e o
Aberto dos EUA no ano passado).
Federer tornou-se o primeiro
homem a conquistar essa marca
desde Pete Sampras, há 12 anos, e
o terceiro na história a vencer suas
sete primeiras finais de Grand
Slams -antes dele apenas Richard Sears e William Renshaw,
na penúltima década do século 19.
"Me espanto toda vez que vou
bem. Tenho sido bem consistente, ganhando tantos torneios importantes... É quase inacreditável", falou o suíço. "Vou tentar me
manter assim. Permanecer saudável e continuar me divertindo,
porque é isso que faço e acho que
é isso que me faz jogar bem."
O tenista ainda entrou em um
seleto grupo de vencedores com
sete ou mais títulos de Grand
Slams, um a mais que têm seus
ídolos de infância, Boris Becker e
Stefan Edberg. "Deixei meus ídolos para trás. Isso significa algo."
Sampras é o recordista, com 14.
Mas seu objetivo agora é ganhar
o Aberto da França, no fim de
maio. "Obviamente sei da importância de vencer o Aberto da
França, sei o que faria pela minha
carreira", disse Federer. "Agora
que venci os outros Grand Slams
pelo menos duas vezes, posso me
focar em Roland Garros."
Coincidência ou um sinal do
que está por vir, Federer recebeu a
taça ontem das mãos do australiano Rod Laver, que dá nome ao
complexo em que acontece o
Aberto e último homem a ganhar
os quatro Grand Slams no mesmo
ano -o fez em 1962 e 1969.
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