|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Paulo abastece Rio com artilheiros
Revelações do futebol paulista hoje marcam gols no Maracanã e assumem o papel de ídolo nos quatro grandes cariocas
Washington e Wellington Paulista buscam artilharia, Dodô é estrela, e Leandro Amaral, pivô de disputa judicial entre Vasco e Flu
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles sobressaíram no Estadual mais disputado do Brasil, o
Campeonato Paulista. Mas, depois de altos e baixos na carreira, reencontraram no Rio de
Janeiro o caminho do gol.
Dodô, 33, ex-Botafogo e agora no Fluminense, e Leandro
Amaral, 30, -pivô de luta jurídica entre Vasco e o clube das
Laranjeiras- encabeçam a relação de artilheiros "paulistas"
que agora fazem os torcedores
cariocas festejarem seus gols.
Washington, 32, recém-chegado ao Fluminense, Wellington Paulista, 23, do Botafogo, e
Diego Tardelli, 22, no Flamengo, amplificam o sotaque de São
Paulo no futebol do Rio.
O exemplo melhor acabado
da adaptação de ex-artilheiros
do futebol paulista no Estado
vizinho é Leandro Amaral. Revelado pela Portuguesa, passou
pelos grandes de São Paulo sem
se firmar. Explodiu ao chegar
ao Vasco a ponto de ser disputado nos tribunais. Em 2007,
anotou 14 gols em 31 jogos no
Brasileiro. No Estadual, sua
média foi quase a de um tento
por partida (10 em 12 duelos).
Enquanto esteve em campo
neste ano pelo Fluminense, seu
desempenho foi razoável: quatro gols em sete confrontos.
Para Dodô, maior ídolo do
Botafogo nos últimos anos, e
que defendeu São Paulo, Santos
e Palmeiras, o futebol carioca
tem um brilho próprio. "Sempre me senti bem no Rio. Gosto
da cidade, da forma como o torcedor encara a rivalidade e,
principalmente, da festa que
faz nos estádios", falou o jogador, que em 2007 anotou 32
gols atuando pelo Botafogo.
Contratado pelo Fluminense
como a estrela da companhia
em 2008, está temporariamente fora de combate por conta de
uma fratura no osso da face.
Deve voltar a jogar em maio.
Nascido em Brasília, mas
projetado pela Ponte Preta,
Washington disse que a responsabilidade e a visibilidade
por estar no Rio é outra.
"Olha, não ganhamos nada e
você vê que estamos sempre na
mídia. Isso é muito bom para o
jogador", disse o artilheiro.
Contratado como a referência do ataque, o atacante vem
cumprindo bem o seu ofício.
No Estadual, fez nove gols e é o
vice-artilheiro. Na Libertadores, a média é melhor ainda:
três gols em três jogos. "Eu era
artilheiro do Estadual, mas o
Wellington Paulista [do Botafogo] não parou mais de fazer
gols e me passou", brincou.
Revelado pelo Juventus e
com passagem pelo Santos, o
jogador botafoguense (autor de
12 tentos no Estadual) chegou
sem fama para preencher a lacuna deixada por Dodô.
"O futebol do Rio não é tão
pegado como São Paulo e me
adaptei bem. Posso dizer que
estou no melhor momento da
minha carreira", afirmou.
O artilheiro, que carrega no
nome referência direta ao Estado onde nasceu, traça planos
ambiciosos. "Meu objetivo é
me projetar mais e pensar em
seleção. No Rio, isso é possível",
afirmou. Contabilizando Estadual e Copa do Brasil, ele já balançou a rede 15 vezes.
Atualmente na reserva do
Flamengo, Diego Tardelli tem
crédito com a maior torcida do
Brasil. Foi dele o gol que deu ao
Flamengo sua 18ª Taça Guanabara, contra o Botafogo.
"Tenho estrela, e brilhar no
Maracanã é muito especial", falou o atacante, que deixou o São
Paulo pela porta dos fundos.
Reserva de luxo de Joel Santana, vem mostrando seu valor.
Nos sete jogos que fez pelo Estadual, marcou quatro vezes.
Texto Anterior: Tostão: Evoluções e involuções Próximo Texto: Estatística: Eficácia carioca cresce com "libertadores" Índice
|