Camisa 1 não admite que tenha feito falta em lance que gerou 2º gol do São Caetano e selou a sorte do Santos no jogo

Santista, que foi vazado pela primeira vez após 298 minutos invicto, levou só cartão amarelo depois do pontapé em Marcelinho

DA REPORTAGEM LOCAL

O goleiro Fábio Costa tem a fama de crescer em decisões e de sair de forma violenta do gol em disputas com jogadores adversários. Ontem, pesou mais a segunda fama, pois ele cometeu um pênalti escandaloso no final do jogo, apesar de o arqueiro não entender dessa forma.
"Não acho que foi pênalti. Acho que viram que só peguei o jogador, não a bola. No meu modo de ver, não foi pênalti", disse Fábio Costa em campo.
Na entrevista coletiva, o goleiro amenizou um pouco sua opinião, chegou até a elogiar a arbitragem e pediu desculpas à torcida santista. "Dizem que fui o herói na semifinal. Talvez tenha sido o vilão agora com o pênalti. Peço desculpas à torcida e peço que sigam com a gente."
O árbitro Paulo César de Oliveira mostrou só o cartão amarelo para o goleiro, que, com o gol de Luiz Henrique, perdeu a série invicta de 298 minutos, que durava desde a vitória sobre o Noroeste (4 a 1), no dia 8.
O arqueiro tem longo histórico de entradas imprudentes, algumas vezes ignoradas pelos árbitros, como as contra Tinga, do Internacional, quando defendia o Corinthians, ou contra Aloísio, do São Paulo, na fase de classificação deste ano.
Fábio Costa foi atender aos jornalistas ontem com seu filho Fabinho, de oito anos. O garoto elogiou o São Caetano, algoz santista, e também a atuação do pai, que não exibia o mesmo sorriso mostrado após o último jogo contra o Bragantino.
"Nunca achei que o Santos fosse o melhor time do mundo. Mas estou certo também de que não é o pior. Fizemos a melhor campanha da competição na primeira fase. Podemos reverter. Vão falar muita coisa, mas ainda bem que estaremos longe", disse o goleiro santista.
O time do ABC, além desse respiro conquistado com a vitória, contará no jogo da volta com dois titulares que estavam suspensos ontem, o volante Glaydson e o meia Canindé.
Quando foi campeão paulista em 2004, o São Caetano passou no mata-mata pelo São Paulo (nas quartas) e depois pelo Santos (na semifinal). Na decisão, bateu o Paulista por 2 a 0 e 3 a 1.
"O São Caetano joga fechado como o Bragantino. Para vencer, é só jogarmos como hoje [ontem], mas aproveitarmos as chances. Teremos que jogar o tempo todo bem, não só no segundo tempo. Fizemos um primeiro tempo muito moroso", afirmou Fábio Costa.
Se no começo do mata-mata o Santos seria campeão caso Fábio Costa não fosse vazado, agora o São Caetano leva a taça até se o goleiro Luiz for superado só uma vez.0 (JT, RC E RBU)


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