São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

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São Paulo faz gol virar artigo de luxo

Time, que estréia hoje na 2ª fase da Libertadores, marcou apenas seis vezes no torneio, seu pior desempenho na década

Contra o Nacional, em Montevidéu, atletas falam em cautela e aguardam pressão da torcida; empate é visto como bom resultado

RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Não precisa ser fanático torcedor são-paulino para se lembrar dos gols da equipe na Libertadores deste ano. Isso porque foram apenas seis, em seis jogos -Adriano (3), Miranda, Alex Silva e Aloísio marcaram.
A tímida atuação ofensiva do São Paulo na competição faz do clube o pior ataque entre os 16 classificados para segunda fase.
Se a previsão para o jogo de hoje, contra o Nacional, em Montevidéu, é de poucos gols são-paulinos, a tese é reforçada quando o retrospecto do adversário acaba levado em conta.
Nos três jogos da equipe em seu estádio, o Parque Central, na Libertadores deste ano, os uruguaios tomaram apenas um gol (contra o Cienciano, na vitória por 3 a 1). Venceram todos os jogos e marcaram sete gols -mais do que o São Paulo em suas seis partidas.
Jogando fora do Morumbi, os paulistas só balançaram a rede duas vezes nesta Libertadores. E, pelo discurso dos atletas, não será desta vez que o São Paulo pretende golear um adversário. "Tem que jogar com cautela, para não se expor muito e voltar com um resultado muito adverso que não dê para reverter aqui", disse o volante Hernanes, ontem, antes do embarque da equipe para o Uruguai.
"A nossa classificação para a próxima fase não vai ser definida neste jogo", ponderou o ala-esquerdo Jorge Wagner, que considera o empate, "dependendo das circunstâncias da partida", um bom resultado.
A previsão do São Paulo é que o Nacional utilize uma arma bastante conhecida dos brasileiros: as bolas aéreas.
Tanto que, no desembarque em Montevidéu, Richarlyson já falava sobre qual é a principal preocupação da equipe são-paulina: "Com certeza, é a bola alta com o centroavante, e a gente já tem treinado para isso. Para não ser surpreendido".
O próprio São Paulo também deve abusar dos cruzamentos -cinco dos seis gols da equipe no torneio foram de cabeça. "Estão dando certo essas jogadas aéreas, e a gente vai esperar buscar o gol o tempo todo na bola aérea, até porque é um gramado pequeno e que facilita bastante para colocar a bola na área", disse Alex Silva.
Sobre o campo reduzido -a capacidade do estádio é de 15 mil torcedores-, o capitão do time, Rogério, também falou na chegada ao Uruguai. "O Nacional tem todo direito de jogar em seu estádio, em vez de fazê-lo no [estádio] Centenário. Estamos preparados para disputar o jogo num gramado de dimensões menores", completou o capitão do time tricolor.
A média de um gol por partida é a pior do São Paulo nesta década na competição. No ano passado, quando o clube foi eliminado pelo Grêmio nas oitavas, foram 12 gols em oito jogos, média de 1,5 por partida. Em 2006, quando perdeu a final para o Inter, fez 1,6 por jogo.
Em 2005, quando o clube foi campeão, foram 2,4 gols. Por fim, em 2004, quando acabou caindo na semifinal, teve média de 1,7 gol por partida.


NA TV - Nacional x São Paulo
Globo (para SP) e Sportv 2 (menos para SP), ao vivo, às 22h


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