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Após tentar 16 escalações diferentes, Scolari define o seu time ideal, prescinde de dois volantes e aposta em azarão
Prazer, Seleção
FÁBIO VICTOR
FERNANDO MELLO
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A ULSAN
Em quase um ano, foram 18 jogos, 16 equipes titulares diferentes
e 57 convocados. Mas Luiz Felipe
Scolari vai escalar o Brasil para a
estréia na Copa com a mesma cara que escolheu para sua primeira
partida com a seleção, em 1º de julho de 2001, contra o Uruguai.
Com fama de retranqueiro, o
técnico abandonou os dois volantes e resolveu dar uma vaga de titular para o meia Juninho, mais
ofensivo que os volantes Kleberson, Gilberto Silva e Vampeta, as
outras opções no meio-campo.
Tido como azarão, o jogador de
29 anos ganhou a vaga na reta final da preparação para a Copa.
Mas, apesar disso, Juninho não é
um estranho na família Scolari.
Foi titular na estréia há 11 meses
contra o Uruguai, ao lado de
Emerson e Rivaldo no meio-campo. E esteve em 9 das 11 convocações do treinador, mesmo proveniente de um clube decadente nos
últimos tempos, o Flamengo.
O meia de 1,67 m, que começou
a carreira no São Paulo no início
da década de 90 e está vinculado
ao Atlético de Madrid (Espanha),
atuou também no jogo mais importante da gestão Scolari: a vitória de 3 a 0 sobre a Venezuela, que
selou a vaga do Brasil na Copa.
Depois, só esteve no time titular
quando os jogadores que atuam
no exterior não foram convocados. Perdeu espaço pela limitação
de apenas um meia na equipe.
Mas, a cinco dias da estréia no
Mundial, contra a Turquia, voltou
a ganhar a vaga entre o "11 principal" no primeiro coletivo da seleção em Ulsan. Desbancou um volante, Kleberson, cuja timidez nos
amistosos contra Catalunha e
Malásia desapontou Scolari.
"Ele sempre é titular nas horas
difíceis. Contra a Venezuela, foi
assim. Tenho confiança absoluta
nele. Quando tenho dificuldade,
recorro a ele", disse o técnico.
Com Juninho, muda a disposição tática. Mesmo mantido o esquema de três zagueiros (3-5-2), o
time, em tese, ganha ofensividade
e perde no poder de marcação.
"Isso não é problema. Com três
zagueiros e o Emerson, seguimos
protegidos. O Juninho será o sexto homem mais importante da
marcação. Precisamos de criatividade, de alguém que leve a bola ao
ataque. Com o Juninho, algo melhor foi criado", justificou Scolari.
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