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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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AUTOMOBILISMO

Piloto afirma que não está desmotivado

Barrichello culpa desgaste físico por ano apagado e nega rumores

Patrick Hertzog/France Presse
O alemão Michael Schumacher se refresca no intervalo de treino para o GP de Mônaco, ontem


FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO

Alvo de críticas e especulações da imprensa italiana, distante do companheiro de equipe nas últimas corridas, aparentemente desmotivado, Rubens Barrichello colocou a culpa por sua temporada apagada no desgaste físico.
Aos 31 anos, dez na categoria, 168 GPs nas costas, o brasileiro afirmou ontem em Mônaco que estava estressado até a corrida da Áustria, há duas semanas. O motivo seria uma sobrecarga de exercícios físicos e de testes.
"Na última semana, no Brasil, fiz até um exame de sangue para checar se tinha algum problema, mas estava tudo bem. Foi só reduzir um pouco a carga de exercícios que já me sinto melhor."
Em São Paulo, o preparador do piloto, Vanderlei Pereira, alegou que o problema foi causado pela escala de testes da Ferrari, que nas últimas semanas intensificou os trabalhos com o F2003-GA.
"Além da carga de exercícios, que estava pesada, ele passou duas semanas testando o novo carro da Ferrari. Havia toda a pressão psicológica da estréia desse carro", disse. "Isso culminou num certo desgaste, num estresse. O Rubinho chegou debilitado para correr na Áustria."
Segundo Pereira, a rotina de treinos a partir de então é outra.
"Antes, ele treinava até uma hora e meia por dia, três dias por semana. Hoje, são 45 minutos. É uma carga reparadora, de frequência cardíaca mais baixa."
Além de alegar desgaste físico, Barrichello voltou a negar uma possível transferência para a Sauber. A "Autosprint", principal revista italiana de automobilismo, afirma nesta semana que a Ferrari cogita mandá-lo para o time suíço em 2004 e promover Felipe Massa, seu piloto de testes.
"Acho que a revista errou em todos os pontos. Não tenho comentários. Não tenho por que estar desmotivado", disse. "Se você for lembrar, a imprensa italiana estava dando o Schumacher como morto no início do Mundial."
A principal crítica dos italianos a Barrichello refere-se à sua distância para Schumacher. Nos três últimos três GPs, San Marino, Espanha e Áustria, resultados idênticos para a escuderia: alemão vencedor, brasileiro em terceiro.
Resultado da pressão ou não, Barrichello, ontem, voltou a andar próximo do companheiro.
O alemão foi o mais rápido do dia, com 1min16s305. O brasileiro ficou em segundo, a 0s331.
Antonio Pizzonia, da Jaguar, foi o 15º. Cristiano da Matta, da Toyota, o 19º. Hoje será dia de folga. Amanhã, às 9h, acontece a definição do grid de largada.


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