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VÔLEI
Bernardinho faz mistério na escalação para confronto pela Liga Mundial com a Itália, que joga em casa e reformulada
Brasil usa disputa no time para confundir
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio à disputa aberta por
uma vaga no time titular e sem informações sobre o adversário, a
seleção brasileira enfrenta hoje
seu mais difícil teste na primeira
fase da Liga Mundial de vôlei.
O time de Bernardinho pega a
Itália, às 15h30, em Florença.
Para encarar os italianos, a seleção chegou à cidade em meio à
disputa por uma vaga de titular.
Com o objetivo de fazer testes e
"enganar" os rivais, Bernardinho
prometeu mexer no time.
"Temos 12 jogadores capazes de
serem titulares. Não vou usar a
mesma escalação e nem as mesmas posições muitas vezes nesta
Liga", afirmou. No segundo jogo
contra a Alemanha, em São Paulo,
Nalbert e Giba jogaram em posições trocadas na quadra.
Nos jogos no ginásio do Ibirapuera, Bernardinho promoveu a
entrada de todos os jogadores e
não repetiu as escalações.
Do grupo que foi reserva no
Mundial-02, do qual o Brasil saiu
campeão, dois atletas se destacaram. Anderson terminou a primeira rodada como melhor atacante da Liga, com 47,7% de aproveitamento. Já o meio-de-rede
Rodrigão entrou no lugar de Henrique no segundo set da segunda
partida e não saiu mais da equipe.
A tática de Bernardinho tem o
objetivo de dificultar um pouco o
trabalho dos italianos. Três vezes
campeões mundiais, a equipe é a
única que realmente preocupa o
Brasil, não só pela tradição mas
pela incógnita que se transformou no início da temporada.
Por causa da falta de verba, Bernardinho não pôde filmar as partidas da Itália sob o comando do
novo técnico, Gian Paolo Montali.
O treinador promoveu a volta
de veteranos como Marco Meoni
e Samuel Papi e está testando jogadores em novas posições. Na
primeira rodada da Liga, arrasou
Portugal duas vezes por 3 a 0.
Sobre a "nova Itália", que tenta
se recuperar do quinto lugar no
último Mundial, em 2002, Bernardinho só tinha o relato de seus
atletas que jogam no país.
"Eles me passaram alguns números e impressões, mas os jogadores não têm a mesma atenção que os técnicos", disse Bernardinho, que teme o conhecimento
dos italianos sobre os brasileiros.
"Temos quatro jogadores na
Itália, eles nos conhecem bem
mais. O treinador deles está de
olho em nós. Nossos atletas estão
mais marcados", completou ele.
Se perder, o Brasil ficará em posição desconfortável no Grupo B e
terá de vencer, com o menor número possível de derrotas em sets,
todos os outros jogos. Pelo regulamento, avançam os dois primeiros de cada grupo. Mas, se a Espanha não estiver na lista, entrará na
vaga do pior segundo colocado
por ser a sede da fase final.
"Se ganharmos será um passo
importante. Quando perdemos
aquele segundo set contra a Alemanha [no domingo], eu pensei
que ele poderia nos custar caro no
futuro", afirmou Bernardinho,
que convocou Dante ontem.
O ponta chega à Itália amanhã e
só deve estrear na liga na semana
que vem, contra Portugal.
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