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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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VÔLEI

Bernardinho faz mistério na escalação para confronto pela Liga Mundial com a Itália, que joga em casa e reformulada

Brasil usa disputa no time para confundir

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio à disputa aberta por uma vaga no time titular e sem informações sobre o adversário, a seleção brasileira enfrenta hoje seu mais difícil teste na primeira fase da Liga Mundial de vôlei.
O time de Bernardinho pega a Itália, às 15h30, em Florença.
Para encarar os italianos, a seleção chegou à cidade em meio à disputa por uma vaga de titular. Com o objetivo de fazer testes e "enganar" os rivais, Bernardinho prometeu mexer no time.
"Temos 12 jogadores capazes de serem titulares. Não vou usar a mesma escalação e nem as mesmas posições muitas vezes nesta Liga", afirmou. No segundo jogo contra a Alemanha, em São Paulo, Nalbert e Giba jogaram em posições trocadas na quadra.
Nos jogos no ginásio do Ibirapuera, Bernardinho promoveu a entrada de todos os jogadores e não repetiu as escalações.
Do grupo que foi reserva no Mundial-02, do qual o Brasil saiu campeão, dois atletas se destacaram. Anderson terminou a primeira rodada como melhor atacante da Liga, com 47,7% de aproveitamento. Já o meio-de-rede Rodrigão entrou no lugar de Henrique no segundo set da segunda partida e não saiu mais da equipe.
A tática de Bernardinho tem o objetivo de dificultar um pouco o trabalho dos italianos. Três vezes campeões mundiais, a equipe é a única que realmente preocupa o Brasil, não só pela tradição mas pela incógnita que se transformou no início da temporada.
Por causa da falta de verba, Bernardinho não pôde filmar as partidas da Itália sob o comando do novo técnico, Gian Paolo Montali.
O treinador promoveu a volta de veteranos como Marco Meoni e Samuel Papi e está testando jogadores em novas posições. Na primeira rodada da Liga, arrasou Portugal duas vezes por 3 a 0.
Sobre a "nova Itália", que tenta se recuperar do quinto lugar no último Mundial, em 2002, Bernardinho só tinha o relato de seus atletas que jogam no país.
"Eles me passaram alguns números e impressões, mas os jogadores não têm a mesma atenção que os técnicos", disse Bernardinho, que teme o conhecimento dos italianos sobre os brasileiros.
"Temos quatro jogadores na Itália, eles nos conhecem bem mais. O treinador deles está de olho em nós. Nossos atletas estão mais marcados", completou ele.
Se perder, o Brasil ficará em posição desconfortável no Grupo B e terá de vencer, com o menor número possível de derrotas em sets, todos os outros jogos. Pelo regulamento, avançam os dois primeiros de cada grupo. Mas, se a Espanha não estiver na lista, entrará na vaga do pior segundo colocado por ser a sede da fase final.
"Se ganharmos será um passo importante. Quando perdemos aquele segundo set contra a Alemanha [no domingo], eu pensei que ele poderia nos custar caro no futuro", afirmou Bernardinho, que convocou Dante ontem.
O ponta chega à Itália amanhã e só deve estrear na liga na semana que vem, contra Portugal.


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