São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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Völler quer deter talentos individuais do rival

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

O segredo para vencer a final é neutralizar as jogadas individuais dos brasileiros. É isso, pelo menos, o que o técnico Rudi Völler, espera hoje de seus jogadores.
""Sei que é quase impossível agir assim durante os 90 minutos [do jogo", mas o foco tem que ser esse: neutralizar as jogadas individuais do Brasil. Não podemos fazer como a Turquia, que os deixou à vontade [em campo" e lhes proporcionou muitas chances."
A Alemanha, ao contrário, vai fazer tudo para ceder o menor número de oportunidades aos rivais. Mas, apesar da preocupação com o ataque brasileiro, que já marcou 16 gols no torneio, Völler diz que sua equipe não deixará de ir para a frente também.
""Há hora para tudo, e é certo que vamos tentar impor nosso jogo também, tomar a iniciativa para deixá-los preocupados com o que vamos fazer."
A tática a ser usada para marcar os brasileiros -e especialmente os três "erres", Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo- Völler não revela. Não diz como será a marcação e muito menos se adotará o esquema 4-4-2 (quatro na defesa, quatro no meio e dois no ataque) ou o 3-5-2. ""Meu time é flexível, e podemos usar qualquer um dos dois", limitou-se a dizer.
A tendência, no entanto, é que Metzelder cole em Ronaldo, Linke, em Ronaldinho, e Ramelow, volante que tem jogado improvisado na zaga, em Rivaldo.
Sem Ballack, um dos principais jogadores do time, que está suspenso, Völler deve escalar Jeremies, que faria as funções de Hamann, enquanto este jogaria no lugar de Ballack no meio-campo.
Os alemães adotaram discurso respeitoso em relação ao Brasil. "A defesa teve problemas no começo, mas melhorou nos últimos jogos", diz o atacante Neuville. "Não devemos ficar discutindo em público estratégias para batê-los", afirma o goleiro Kahn.
Para Völler, que assumiu o comando do time em 2000, em meio à crise provocada pelo fiasco na Eurocopa, seus atletas estão tranquilos para a partida de hoje.
Nas horas que antecedem o jogo, o que existe, acredita, é no máximo uma "tensão positiva", que deve ser bem trabalhada para que todos possam render o melhor no gramado. (JCA E RD)



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