EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em reunião de 40 minutos com os jogadores do São Paulo ontem, no CT, o técnico Cuca deixou claro que não vai mais admitir rachas entre os atletas e que o fracasso na Libertadores sirva de desculpa para o mau desempenho do time na seqüência do Campeonato Brasileiro.
"Foi uma conversa dura nesse sentido. Quando se tem uma eliminação como se teve na Libertadores, os problemas devem ser detectados logo. Então quem tem proposta para sair deve encaminhá-la para o Juvenal [Juvêncio, vice-presidente de futebol] e deixar a equipe", afirmou o técnico.
Desde a eliminação do São Paulo para o Once Caldas, há duas semanas, a equipe não consegue vencer. Foram três derrotas seguidas, o que não ocorria desde janeiro do ano passado.
O último revés, para o Palmeiras, intensificou a ira dos torcedores uniformizados e tirou o São Paulo da zona de classificação para a Taça Libertadores-2005.
"Agora acabou essa história de Libertadores. Precisamos voltar a ter a entrega e o espírito de luta que tínhamos", afirmou Cuca.
"Vamos esquecer o passado. Dele, ninguém vive", completou.
Segundo Cuca, houve uma acomodação dos atletas após a saída do torneio continental, principalmente porque somente as estrelas da equipe, Rogério e Luis Fabiano, foram cobradas.
"Quando doer em um, tem de doer em todos", ordenou o técnico. E os jogadores parecem ter entendido. "A casa cair para um ou dois está errado. Somos um grupo, tem que cair para todo mundo", declarou o atacante Diego Tardelli, um dos que vêm tendo problemas de relacionamento com os outros jogadores. A maioria dos atletas foi contra o retorno de Tardelli ao time principal por considerá-lo problemático.
Além dele, Luis Fabiano, que está na seleção, já se desentendeu com o meia Danilo e com o zagueiro Rodrigo após a partida contra o Grêmio, no Nacional.
Já o volante Fábio Simplício teve problemas com Cuca.


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