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TÊNIS
Presidente da CBT ouve recusa de Chabalgoity para seguir no cargo e diz não saber quem vai jogar contra a Venezuela
Brasil troca de novo o capitão da Davis
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
A Confederação Brasileira de
Tênis está à procura de um novo
capitão para a Copa Davis.
O presidente da CBT, Nelson
Nastás, já conversou com Carlos
Chabalgoity, que ocupou o cargo
no confronto contra o Paraguai e
recusou o convite para continuar.
"O Chapecó [Chabalgoity] me
explicou que sua posição era somente para o confronto em abril,
e eu entendi", afirmou.
O dirigente disse que pretende
anunciar um nome hoje ou amanhã. Nastás não quis fazer uma
avaliação sobre as chances de o
Brasil derrotar a Venezuela, em
Caracas, de 16 a 18 de julho.
"É difícil porque a gente não sabe quem vai aceitar jogar", disse
ele, sobre as dificuldades que terá
para formar a equipe, como antecipou a Folha há duas semanas.
Envolvido em denúncias de irregularidades na confederação,
Nastás é alvo de um boicote dos
principais tenistas do país, com
Gustavo Kuerten à frente.
Para enfrentar os paraguaios,
pela segunda rodada da segunda
divisão da Copa Davis, foi formada uma equipe B, que disse ter
aceitado entrar em quadra por se
tratar de uma situação atípica.
Com mandato até dezembro,
Nastás havia antecipado a eleição
e se comprometido perante um
juiz que deixaria o cargo em maio.
Com a justificativa de que as federações precisariam de mais
tempo para regularizar suas situações e participar do pleito, ele
marcou nova data: 2 de julho.
"Não vou fazer uma assembléia
eletiva de qualquer jeito. Depois o
perdedor entra na Justiça e mela
tudo", afirmou ele, ao ser questionado sobre o novo adiamento,
agora sem uma data marcada.
"Tenho mandato até dezembro.
Até lá posso fazer a eleição, que
pode sair até um pouco antes.
Mas farei tudo com calma."
Além de protelar sua saída, Nastás se vê envolvido em novas denúncias. Um ex-funcionário acusa o presidente e o superintendente da CBT (Carlos Alberto
Martelotte) de usarem recursos
da entidade para pagar despesas
pessoais. Documentos foram entregues à polícia e Nastás e Martelotte podem ser indiciados por
apropriação indébita.
"Não há ilegalidade. Está tudo
contabilizado e nas mãos da auditoria", disse Nastás, que explicou
que há ocasiões em que é necessário fazer reembolsos ou adiantamentos. "Mas com nota e tudo."
Martelotte, funcionário da entidade há 34 anos, deu as mesmas
explicações. "Se viajo a trabalho,
pego um adiantamento, faço as
despesas e depois presto conta."
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