São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2004

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OS PERSONAGENS

Sobreviventes de 92 colocam medalha no peito sem jogar

DOS ENVIADOS A ATENAS

Os dois únicos atletas da seleção de 2004 que integraram o time campeão olímpico em 92 nem precisaram suar a camisa ontem para ganhar a medalha.
Giovane, 33, e Maurício, 36, não foram colocados em quadra pelo técnico Bernardinho no confronto com a Itália. Em Barcelona, ambos atuaram na decisão, contra a Holanda.
"Tivemos uma função muito importante nos bastidores em Atenas. Conversamos com os jogadores e passamos nossas experiências", disse Giovane.
Diferentemente do Mundial de 2002, quando escreveu o poema "Diamante de 12 Pontas" às vésperas da conquista do título, ele não se arriscou em nenhuma manifestação artística na Grécia. Mas estimulou os jogadores a escrever palavras de incentivo na lousa do vestiário antes de cada duelo e, especificamente ontem, liderou um ritual de palmas ritmadas antes e durante o jogo.
A vitória sobre a Itália também marcou o fim da trajetória dos dois na seleção. "Ser bicampeão olímpico é para poucos, e eu sou um deles. Não existe momento melhor para me despedir e dizer adeus ao time", disse Maurício.
"Só não vou ser tri porque não tem jeito, senão eu tentaria. A gente é velhinho, não dá mais para jogar, não. A molecada está voando. Agora é curtir isso pelo resto da vida", sentenciou Giovane. (LC, ALF E GR)


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