São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O PERSONAGEM

Ex-padre já havia criado caso no GP da Inglaterra-03

DA REPORTAGEM LOCAL

Um padre excomungado devido à sua maneira peculiar de interpretar a Bíblia foi o homem que freou a liderança de Vanderlei Cordeiro de Lima, vestindo um barrete verde, um kilt vermelho e meiões verdes. Antes, ele já havia conseguido perturbar até uma corrida de F-1.
Cornelius Horan, hoje com 57 anos, invadira o GP da Inglaterra de 2003, em Silverstone, com trajes pouco usuais, levando cartaz para incentivar a leitura da Bíblia.
A invasão de pista naquele ano forçou a entrada do safety car quando os carros se preparavam para parar nos boxes.
Com sua entrada, Horan detonou uma debandada de pit stops e embaralhou a prova, promovendo disputas, ultrapassagens no limite, carros emparelhados dividindo a pista curva após curva. À época, o inusitado personagem foi até bem-recebido, dada a monotonia do Mundial.
Derrubado por um comissário, o ex-padre foi detido em Northampton e, depois, liberado.
Freqüentemente visto em clubes e festas alternativas de Londres, atua em oficinas multiculturais e tem dois livros publicados, "Glorioso Mundo Novo" e "Cristo Logo Vai Sufocar Todos os Governos", à venda na internet.
Em entrevistas, o irlandês já afirmou crer que a dança e a música terão papéis fundamentais na elevação dos espíritos no Juízo Final. Para dar o exemplo, o ex-sacerdote dança e canta sempre.
Em janeiro de 2003, quis se apresentar para Saddam Hussein, contra a investida militar dos EUA. Não foi autorizado a viajar.
Para ele, o fim do mundo está próximo. "As Torres Gêmeas caíram em 20 minutos. O planeta não vai levar muito mais do que isso para sucumbir."


Texto Anterior: Pingue-pongue: Exultante, Lima diz que alegria é muito maior a que raiva
Próximo Texto: Retomada cobra caro ao corpo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.