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Análise
Argentino é o espelho da era MSI no clube
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Muito dinheiro para pouco
retorno, brigas e vários técnicos como chefe.
Nenhum outro jogador
contratado pela MSI simboliza com tanta perfeição o
conturbado casamento da
empresa com o Corinthians
como Javier Mascherano.
Na época da sua contratação, seu compatriota Daniel
Passarella, que dirigia o clube, afirmou que não precisava dele porque já tinha volantes suficientes. Mas Kia
Joorabchian fez o cheque de
US$ 15 milhões e tirou Mascherano do River Plate.
Mais de um ano depois da
sua chegada, o saldo é decepcionante. Contusões, problemas pessoais e convocações
para a seleção argentina fizeram ele participar de apenas
um terço dos jogos do Corinthians no período. Como
quase ninguém acredita na
sua volta, ele se despede custando R$ 1,3 milhão por cada
vez que entrou em campo.
Com Mascherano, o time é
em 2006 ainda pior.
Quando ele foi escalado, o
Corinthians ganhou 41% dos
pontos que disputou. Sem
ele, o número ficou em 45%.
O argentino de gênio forte
e carrinhos precisos, mas
que também erra muitos
passes, trabalhou com cinco
técnicos no clube, todos contratados com o dinheiro da
MSI, que chegou prometendo fazer do Corinthians o
"number one". Isso dá a inacreditável marca de um a cada menos de cinco partidas
que Mascherano fez.
Suas brigas, como as dos
cartolas corintianos e Kia e
sua empresa, serão mais fáceis de serem recordadas, incluindo a mais famosa delas,
com Marcelinho, que acabou
dispensado enquanto ele foi
prestigiado pela MSI.
Tevez era a parceria que
sonhava. Mascherano foi a
parceria que deu errado.
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