São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006

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Análise

Argentino é o espelho da era MSI no clube

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Muito dinheiro para pouco retorno, brigas e vários técnicos como chefe.
Nenhum outro jogador contratado pela MSI simboliza com tanta perfeição o conturbado casamento da empresa com o Corinthians como Javier Mascherano.
Na época da sua contratação, seu compatriota Daniel Passarella, que dirigia o clube, afirmou que não precisava dele porque já tinha volantes suficientes. Mas Kia Joorabchian fez o cheque de US$ 15 milhões e tirou Mascherano do River Plate.
Mais de um ano depois da sua chegada, o saldo é decepcionante. Contusões, problemas pessoais e convocações para a seleção argentina fizeram ele participar de apenas um terço dos jogos do Corinthians no período. Como quase ninguém acredita na sua volta, ele se despede custando R$ 1,3 milhão por cada vez que entrou em campo.
Com Mascherano, o time é em 2006 ainda pior.
Quando ele foi escalado, o Corinthians ganhou 41% dos pontos que disputou. Sem ele, o número ficou em 45%.
O argentino de gênio forte e carrinhos precisos, mas que também erra muitos passes, trabalhou com cinco técnicos no clube, todos contratados com o dinheiro da MSI, que chegou prometendo fazer do Corinthians o "number one". Isso dá a inacreditável marca de um a cada menos de cinco partidas que Mascherano fez.
Suas brigas, como as dos cartolas corintianos e Kia e sua empresa, serão mais fáceis de serem recordadas, incluindo a mais famosa delas, com Marcelinho, que acabou dispensado enquanto ele foi prestigiado pela MSI.
Tevez era a parceria que sonhava. Mascherano foi a parceria que deu errado.


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