DA REPORTAGEM LOCAL

Uma noite "calma" nas ocorrências acabou com uma agressão ao goleiro Bosco, reserva do São Paulo, quando se encaminhava para o ônibus do clube.
Cerca de 15 torcedores notaram a saída dos são-paulinos e partiram na direção dele. Empurraram um segurança e um torcedor conseguiu chutar o goleiro, que fugiu de volta ao vestiário dos visitantes e retardou a saída.
"Eu quase caí ali. Se eu tivesse caído a coisa ia ficar complicada para mim", disse o goleiro, que se feriu na perna. Os agressores fugiram.
"Não vi, mas se isso aconteceu mesmo é uma covardia", disse o técnico Muricy Ramalho.
Antes, três foram detidos por incitação à violência por meio de cânticos e outros três por porte de drogas. Até as 23h de ontem, esse tinha sido o saldo da operação que reuniu 500 policiais para garantir a segurança das torcidas.
Na megaoperação de escolta de cerca de 800 membros da Torcida Independente, saindo do Largo do Paissandu até a rua Padre Antônio Tomás, nos fundos do estádio, nenhuma ocorrência chegou a ser registrada.
Contidos pelas motos e pelo cordão humano formado pelos líderes da Independente, os torcedores eram ameaçadores apenas nos gritos bravateiros.
Quando chegaram no portão de entrada dos visitantes, muitos dos são-paulinos estavam sem ingresso. Outros, porém, tinham bilhetes falsos, dos quais 15 foram detectados.
"Realmente, descobrimos casos de ingressos falsificados. Vamos investigar a origem deles", declarou o promotor de Justiça Paulo Castilho.
Castilho se reunirá na próxima segunda com o comando das polícias Civil e Militar, a fim de aprimorar o combate aos atos das torcidas organizadas.

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