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Morumbi ganha força para Mundial
Após visita de inspetores da Fifa, estádio aumenta suas chances de sediar Copa-2014 ao minimizar oposição e defeitos
Candidatura paulista ainda prevê plano B, mas governo diz que não há nem estudo; CBF, agora, apóia Morumbi, mas isso ainda pode mudar
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na visita da comissão da Fifa
a São Paulo, ontem, o Morumbi
aumentou suas chances de sediar jogos da Copa do Mundo
de 2014, caso o Brasil, como se
espera, seja escolhido como sede. O governo paulista reforçou
seu apoio à indicação do estádio, inspetores da entidade o
elogiaram, e a oposição da CBF
foi, por ora, neutralizada.
"Creio que, com as reformas,
[o Morumbi] estará adequado à
Copa. Evidentemente que isso
terá de ser confirmado ao longo
do tempo", disse o governador
José Serra (PSDB).
O dossiê de candidatura continua a prever um plano B para
o Estado. E, apesar de deixar a
escolha nas mãos do governo, o
presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, agirá se houver mudança no cenário atual.
"As dúvidas sobre o Morumbi sumiram. O plano B virou
pro forma", defendeu o secretário municipal de Esporte, Walter Feldman.
Nem o governo do Estado
nem a prefeitura aprofundaram estudos de outro projeto.
Segundo o presidente do São
Paulo, Juvenal Juvêncio, serão
necessárias "poucas adequações" no Morumbi.
A vistoria dos inspetores da
Fifa durou pouco mais de uma
hora e não houve visita detalhada a setores de torcedores.
A Folha apurou que os questionamentos dos inspetores foram sobre estrutura para dirigentes, jogadores e imprensa e
o calendário de reformas. Eles
não falaram com jornalistas.
Houve perguntas sobre o número de vagas para carros. A
diretoria do São Paulo alega ter
500 no estádio, o que, segundo
o clube, atenderia a entidade.
Mas o documento da Fifa para
estádios prevê 10 mil vagas para cada 60 mil lugares. O clube
quer fazer outras vagas fora.
Em relação ao acesso de atletas no Morumbi, foi pedida
maior privacidade. "As alterações serão bancadas pelo São
Paulo", disse Juvêncio, que vai
procurar parcerias com patrocinadores para cobrir custos.
A parte do Estado será a extensão do metrô, cuja estação
ficaria a 1 km do Morumbi.
Hoje, Teixeira acha confortável deixar a escolha do estádio
com o governo, mas pode voltar a fazer lobby contra se surgir um novo projeto. Estava ontem aos abraços com Juvêncio.
"As propostas [do São Paulo],
se foram feitas, cobrem as condições da Fifa", disse, em posição diferente da anterior.
Além do estádio, os inspetores da Fifa estiveram no hospital Albert Einstein e no aeroporto de Congonhas, onde, antes de embarcar ao RS, assistiram a duas apresentações: uma
da escola de samba Vai-Vai e
outra de música clássica.
Colaboraram RICARDO PERRONE , do Painel FC,
e EDUARDO OHATA , da Reportagem Local
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