DA REPORTAGEM LOCAL

Ao final de dois terços do Brasileiro, nenhuma equipe esteve tão folgada na liderança quanto o São Paulo nos pontos corridos, segundo o Datafolha.
Na mesma altura do Nacional, o Cruzeiro tinha uma vantagem de três pontos sobre o Santos, em 2003. No ano passado, o Corinthians tinha dois pontos a mais do que o Internacional. Em 2004, o Santos estava empatado como Atlético-PR.
A diferença do São Paulo sobre o segundo colocado chegará a sete pontos, caso vença hoje o Atlético-PR na casa do rival. "Faltando 13 jogos, vamos ter gordura para perder dois jogos decisivos", explicou o ala-direito Souza, citando as partidas fora de casa contra Santos e Grêmio, segundo e terceiro colocados no Nacional.
O aproveitamento são-paulino é parecido ao de líderes de campeonatos anteriores, 65,3%. Nos outros anos, todos estavam com mais de 60%. Mas os atuais rivais do São Paulo têm desempenho que fica abaixo do dos principais perseguidores do líder de 2003 até 2005. O Grêmio, vice-líder, está com aproveitamento de 57%.
"Temos que ganhar, empate não é bom em pontos corridos", sentencia o técnico Muricy Ramalho, que prevê um jogo rápido por conta das características do campo, que tem grama bem aparada. "Gosto desse estilo. Não é cadenciado. Parece futebol inglês." Assim ele justificou as trocas no time. Souza dá mais velocidade ao meio, e Edgar permite que a equipe explore o jogo aéreo.