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Futsal abre mão de show e adota tática espanhola
Brasil, que estréia contra Japão no Mundial, diz priorizar título, e não goleadas
Jogadores se espelham na atual bicampeã mundial, que é conhecida por adotar jogo objetivo e por apostar em uma defesa aguerrida
Sérgio Lima/Folha Imagem
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Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, que, na manhã de hoje, será palco da estréia da seleção brasileira na Copa do Mundo de futsal
DA ENVIADA A BRASÍLIA
Dona de três títulos em Mundiais da Fifa, a seleção brasileira de futsal inicia hoje, às
10h30, em Brasília, contra o Japão, sua saga para retomar a
hegemonia perdida para a Espanha, atual bicampeã.
O Brasil detém histórico invejável no evento: jogou 40 partidas, venceu 33, empatou quatro e perdeu apenas três.
Além disso, tem vocação para
fazer gols. Detém a maior média (6,45 tentos por jogo), a
maior goleada (29 x 2, contra a
Guatemala, em 2000) e os artilheiros (Manoel Tobias, em 96
e 2000, e Falcão, em 2004).
Mesmo assim, foi derrotado
nos dois últimos Mundiais.
É por esse motivo que o discurso do grupo é o de que a
prioridade é buscar a vitória,
mesmo que não haja show.
Para atingir o objetivo, os jogadores tentam de antemão
acostumar a torcida à possibilidade de escassez de gols.
"A diferença entre este e outros Mundiais é que vai haver
pressão maior da torcida, acostumada com goleadas. O torcedor, por exemplo, não entende
que a Rússia [rival da primeira
fase] é uma das favoritas. Vão
querer goleada assim mesmo",
diz o fixo Schumacher, que jogou os dois últimos Mundiais.
O modelo a seguir é o da Espanha, que aposta em um bom
sistema defensivo e costuma
ter atuações mais discretas.
"Temos que fazer o que a Espanha faz e dá certo, que é buscar resultados em vez de se
preocupar em golear", analisa o
fixo, que joga no Inter Movistar
e possui cidadania espanhola.
Oito dos 14 atletas da seleção,
aliás, jogam a liga local, a principal do mundo. O técnico Paulo César de Oliveira, o PC, que
não deu entrevistas antes da estréia, disse ao site da Fifa que a
Espanha é o time a ser batido.
O Japão, rival de hoje, é um
antigo conhecido e tem no comando o brasileiro Sérgio Sapo,
que treina o time desde 2002 e
nunca venceu o Brasil.
O treinador promete que não
deixará o time japonês na retranca. "Se jogarmos fechado,
seremos presa fácil. Em estréia,
o nervosismo ocorre para os
dois lados. Podemos contar
com isso para tentar surpreender", diz Sapo, que tem no elenco um brasileiro naturalizado.
Ricardo Higa, mais conhecido com Rikarudo no Japão, será o primeiro dos 21 brasileiros
"exportados" a enfrentar a seleção nacional no torneio. "Acho
que a torcida vai me xingar
muito, mas, depois que passar
esse primeiro jogo, acho que
vão ficar ao nosso lado contra
outras seleções", prevê o campineiro.
(MARIANA BASTOS)
NA TV - Brasil x Japão
Globo, Band e Sportv, às 10h30
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