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Polícia admite falha no "derby" e apura pedradas
KLEBER TOMAZ
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Polícia Militar de Campinas admitiu que houve falha no
esquema de segurança organizado para o "derby" entre Guarani e Ponte Preta, que terminou com pelo menos 55 pessoas feridas -29 policiais e 26
torcedores-, anteontem, no
estádio Brinco de Ouro.
"Se houve pessoas e policiais
feridos, o esquema não foi perfeito. Não posso esconder isso", afirmou ontem o tenente-coronel Lúcio Ricardo de Oliveira, comandante do 35º Batalhão da PM de Campinas.
Toda a confusão ocorreu
15 minutos antes do início da
partida, marcada para as
20h30, durante um confronto
entre os torcedores da Ponte
Preta e os policiais militares.
Pelo menos 30 pessoas acabaram caindo de uma altura de
aproximadamente quatro metros no fosso do estádio, após
uma grade de proteção da arquibancada ceder. Os torcedores estavam pendurados na
grade depois de terem sido
acuados pelos policiais a golpes
de cassetetes, balas de borracha
e até mesmo pedras.
A PM abriu uma sindicância
para apurar se houve excesso
na ação. Imagens gravadas
mostram policiais jogando pedras contra a torcida no momento da confusão. As responsabilidades do conflito também estão sendo apuradas pela
Polícia Civil e pelo Ministério
Público, em Campinas.
Ontem, o Duos (Departamento de Uso e Ocupação do
Solo), da Prefeitura de Campinas, interditou a parte da arquibancada do Brinco de Ouro onde ocorreu o incidente. A prefeitura anunciou que só vai liberar o local após a restauração
da grade de proteção.
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