São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

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Polícia admite falha no "derby" e apura pedradas

KLEBER TOMAZ
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A Polícia Militar de Campinas admitiu que houve falha no esquema de segurança organizado para o "derby" entre Guarani e Ponte Preta, que terminou com pelo menos 55 pessoas feridas -29 policiais e 26 torcedores-, anteontem, no estádio Brinco de Ouro.
"Se houve pessoas e policiais feridos, o esquema não foi perfeito. Não posso esconder isso", afirmou ontem o tenente-coronel Lúcio Ricardo de Oliveira, comandante do 35º Batalhão da PM de Campinas.
Toda a confusão ocorreu 15 minutos antes do início da partida, marcada para as 20h30, durante um confronto entre os torcedores da Ponte Preta e os policiais militares.
Pelo menos 30 pessoas acabaram caindo de uma altura de aproximadamente quatro metros no fosso do estádio, após uma grade de proteção da arquibancada ceder. Os torcedores estavam pendurados na grade depois de terem sido acuados pelos policiais a golpes de cassetetes, balas de borracha e até mesmo pedras.
A PM abriu uma sindicância para apurar se houve excesso na ação. Imagens gravadas mostram policiais jogando pedras contra a torcida no momento da confusão. As responsabilidades do conflito também estão sendo apuradas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, em Campinas.
Ontem, o Duos (Departamento de Uso e Ocupação do Solo), da Prefeitura de Campinas, interditou a parte da arquibancada do Brinco de Ouro onde ocorreu o incidente. A prefeitura anunciou que só vai liberar o local após a restauração da grade de proteção.



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