São Paulo, sexta-feira, 30 de outubro de 2009

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Segurança fica de lado na visita do COI ao Rio

Comitê dará instrução geral sobre Jogos em reunião hoje

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da recente onda de violência no Rio de Janeiro, que matou 42 pessoas, a segurança está longe de ser uma prioridade no seminário do COI (Comitê Olímpico Internacional) aos organizadores dos Jogos-2016, que se inicia hoje na capital fluminense.
Pelo programação, não há nenhuma previsão de as autoridades de segurança darem explicação sobre o esquema para proteger a Olimpíada. Não foi pedido dado sobre o tema aos governos estadual e federal.
Do setor de segurança, devem ir apenas funcionários técnicos, sem a presença dos titulares da secretaria estadual, José Mariano Beltrame, ou do ministério, Tarso Genro, segundo informações dos órgãos até o final da noite de ontem.
Pelo governo estadual, está escalado Marcus Vinícius Vieira, um dos coordenadores de subsecretaria da segurança do Rio. Ele participou da organização da segurança do Pan 2007.
Da União, irá o coordenador de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Régis Limana. Foi o órgão que elaborou o plano da Rio-2016. Ele levará dados sobre este planejamento caso estes sejam solicitados pelo comitê.
Mas, em princípio, o membros do COI falarão mais do que vão ouvir. O seminário vai detalhar instruções para os Jogos. Serão 110 pessoas a assistir às palestras, entre membros do comitê organizador Rio-2016 e dos três níveis de governo.
Os sete diretores do COI que vêm ao Rio têm formação técnica, nenhum com especialidade em segurança. Mas há responsáveis pela operação dos Jogos, como Anthony Scalon, o que pode incluir segurança.
Logo após a escolha do Rio, o comitê já tinha deixado claro que a segurança é um assunto importante, mas não urgente.
A prioridade, hoje, é criar um organismo do governo responsável pelas obras de infraestrutura e das sedes esportivas.
A informação do Ministério do Esporte é que ainda está em discussão a formação da APO (Autoridade Pública Olímpica), que coordenará todas essas obras, mas que não há data prevista para implantá-la. O prazo máximo é março de 2010.
Sem dar prioridade agora à segurança, os membros do COI terão um esquema de proteção do governo estadual na sua permanência no Rio. A secretaria de segurança recusou-se a informar como será a operação.


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