São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2000

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FUTEBOL
São Paulo luta contra a ausência de 6 atletas, e o Palmeiras, que jogou anteontem em BH, tenta vencer o cansaço
Clássico opõe times de "baterias arriadas"

Patrícia Santos/Folha Imagem
O meia-atacante Juninho domina bola em treino do Palmeiras, que hoje enfrenta o São Paulo


DA REPORTAGEM LOCAL

O clássico de hoje entre São Paulo e Palmeiras, às 21h40, no Morumbi, definirá a última vaga nas quartas-de-final da Copa João Havelange entre dois times que estarão fragilizados por desfalques e excesso de jogos.
Para a primeira equipe, que terá a vantagem de poder empatar por 0 a 0 para se classificar, já que fez um gol como visitante no empate de 1 a 1 no último sábado, o problema é a ausência de seis jogadores, por causa de contusão ou por ter de cumprir suspensão.
No Palmeiras, a dificuldade será superar o cansaço depois de ter atuado anteontem à noite em Belo Horizonte, contra o Atlético-MG, na partida de volta pelas semifinais da Copa Mercosul.
""Hoje (ontem), o time está cansado. Amanhã (hoje), espero que não", afirmou o técnico palmeirense Marco Aurélio. ""Nossos jogadores, dentro das partidas, têm se superado", completou.
Na equipe rival, o treinador Levir Culpi não deverá contar com o atacante França, o meia Carlos Miguel, o volante Alexandre, o lateral-direito Belletti e os zagueiros Rogério Pinheiro e Ayala.
Os motivos dos desfalques, com exceção de Alexandre, são contusões. No caso do volante, a expulsão no jogo de ida, no Pacaembu, obrigará o jogador a cumprir suspensão na segunda partida.
Para Marco Aurélio, ainda haverá um fator extra, já que o técnico também terá ausências.
Ele não deverá contar com o volante Fernando e o atacante Basílio. O primeiro ainda se recupera de uma entorse no joelho direito, e o segundo, terá de cumprir suspensão por ter sido expulso no primeiro jogo contra o São Paulo.
Marco Aurélio também poderá ter os desfalques do zagueiro Gilmar e do volante Magrão, que deixaram a partida de anteontem sentindo contusões. ""Por enquanto, eles estão como dúvidas para o jogo", revelou o médico Marcelo Saragiotto, ontem.
O que serve de consolo ao treinador palmeirense é que o colega do rival também tem outro problema, o ambiente conturbado que vem enfrentando no clube.
O último atrito protagonizado por Culpi aconteceu nesta semana, quando foi divulgado que seu procurador, Luís Taveira, o havia oferecido ao Corinthians.
Apesar disso, a diretoria do São Paulo não alterou sua posição e reafirmou a intenção de não antecipar a renovação do contrato do técnico. Para Culpi, ficou o desgaste de ter de falar mais sobre isso do que sobre o clássico.
Os dois times, porém, prometem superar os problemas. ""A classificação na João Havelange é importante para a gente", disse o volante palmeirense Magrão.
O Palmeiras precisa vencer ou empatar por dois ou mais gols para se manter na competição nacional. Uma derrota ou empate por 0 a 0 beneficiam o São Paulo.
O único resultado que leva a decisão da vaga para as cobranças de pênaltis é o mesmo da primeira partida, em que os dois times empataram em 1 a 1, no Pacaembu.
Nas quarta-de-final, tanto o São Paulo quanto o Palmeiras não terão a vantagem de disputar em casa a segunda partida da série mata-mata com o São Caetano.
Isso porque a equipe da região do ABC paulista herdou o benefício do Fluminense, o qual eliminou nas oitavas-de-final.
Terceiro colocado na fase inicial do campeonato, o clube carioca terminou à frente do São Paulo, que ficou em sexto lugar, e do Palmeiras, que foi o 11º. (JOÃO CARLOS BOTELHO E RICARDO PERRONE) NA TV - Globo (apenas para SP) e Sportv, às 21h40, ao vivo

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