São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2000

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Censura incita torcida do Vasco

DA SUCURSAL DO RIO

As restrições impostas pela diretoria do Vasco à atuação da imprensa no clube acabou incitando torcedores do time carioca a protestar contra jornalistas na partida de anteontem, contra o Bahia, pela Copa João Havelange.
Membros da Força Jovem, a torcida mais violenta do Rio, exibiram faixa em que ameaçavam a rádio Globo e os jornais "O Globo", "Extra" e "Lance". "Estamos no limite com vocês. Aconselhamos a nos levar a sério."
Há uma semana, Miranda proibiu que repórteres dessas empresas entrevistassem jogadores e pessoas da comissão técnica devido a desavenças pessoais com um jornalista de um desses órgãos.
Após o jogo de anteontem, integrantes da Força Jovem ameaçaram jornalistas que estavam nas cabines de rádio, gritando palavras ofensivas. Um torcedor deu um tapa no computador do repórter da Folha. O portão que separava os torcedores das cabines de rádio foi mantido aberto durante todo o jogo, causando insegurança aos jornalistas.
A rádio Globo foi proibida de transmitir a partida do estádio, e o locutor narrou o jogo do estúdio, pela televisão.
A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) repudiaram as orientações da direção do Vasco, consideradas pela ABI como uma "violação à liberdade de imprensa".
Para Miranda, "as entrevistas têm de ser agendadas. Meus funcionários dão entrevistas mediante autorização", afirmou.


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