São Paulo, sexta-feira, 30 de novembro de 2001

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Saída prejudica prognósticos sobre votação

DO ENVIADO A BRASÍLIA

Em meio à guerra de bastidores que agita a CPI do Futebol, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) enviou ontem à direção de seu partido uma carta na qual solicita desligamento da comissão formada para investigar o futebol brasileiro.
Cabral, que se dizia indeciso sobre seu voto a respeito do relatório final do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), afirmou que estava desconfortável na comissão. O congressista disse que ficou aborrecido com a pressão vinda dos dois lados.
A posição de Bernardo Cabral, ministro da Justiça durante o governo de Fernando Collor, era fundamental para definição da CPI. A comissão do Senado conta com 13 membros e precisa de maioria simples para aprovar o relatório final.
O substituto de Cabral no bloco do PFL (quatro representantes) só deverá ser definido na próxima semana pelo senador José Agrippino Maia (PFL-RN), líder do partido na Casa.
Se optar por Leomar Quintanilha (PFL-TO), um dos suplentes, Maia, que recebeu R$ 50 mil da CBF em 1998 como doação eleitoral, estará dando um voto quase certo contra o relatório.
Quintanilha é presidente da Federação Tocantinense de Futebol e aliado de Teixeira no Senado.
Ontem, nenhum dos lados cantava vitória. Somente dez senadores já declararam como irão votar.
Cinco senadores estão a favor do relatório de Geraldo Althoff. Outros cinco senadores já se mostraram contrários às conclusões do relator da CPI do Futebol.
O texto final do senador Geraldo Althoff só será entregue aos demais membros da comissão na segunda-feira à tarde.
A leitura está marcada para ser realizada no dia seguinte. A votação do relatório final só deve acontecer na próxima quinta-feira. (JAB)


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