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Saída prejudica
prognósticos
sobre votação
DO ENVIADO A BRASÍLIA
Em meio à guerra de bastidores que agita a CPI do Futebol, o senador Bernardo
Cabral (PFL-AM) enviou
ontem à direção de seu partido uma carta na qual solicita desligamento da comissão
formada para investigar o
futebol brasileiro.
Cabral, que se dizia indeciso sobre seu voto a respeito
do relatório final do senador
Geraldo Althoff (PFL-SC),
afirmou que estava desconfortável na comissão. O congressista disse que ficou
aborrecido com a pressão
vinda dos dois lados.
A posição de Bernardo Cabral, ministro da Justiça durante o governo de Fernando Collor, era fundamental
para definição da CPI. A comissão do Senado conta
com 13 membros e precisa
de maioria simples para
aprovar o relatório final.
O substituto de Cabral no
bloco do PFL (quatro representantes) só deverá ser definido na próxima semana pelo senador José Agrippino
Maia (PFL-RN), líder do
partido na Casa.
Se optar por Leomar Quintanilha (PFL-TO), um dos
suplentes, Maia, que recebeu
R$ 50 mil da CBF em 1998
como doação eleitoral, estará dando um voto quase certo contra o relatório.
Quintanilha é presidente
da Federação Tocantinense
de Futebol e aliado de Teixeira no Senado.
Ontem, nenhum dos lados
cantava vitória. Somente dez
senadores já declararam como irão votar.
Cinco senadores estão a favor do relatório de Geraldo
Althoff. Outros cinco senadores já se mostraram contrários às conclusões do relator da CPI do Futebol.
O texto final do senador
Geraldo Althoff só será entregue aos demais membros
da comissão na segunda-feira à tarde.
A leitura está marcada para ser realizada no dia seguinte. A votação do relatório final só deve acontecer na
próxima quinta-feira.
(JAB)
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