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"Só mudou o
nome do feitor",
diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
O panorama do futebol
brasileiro, no que diz respeito à negociação de atletas, teve apenas uma alteração
com a Lei Pelé, em vigor desde o dia 26 de março deste
ano, na visão do advogado
Marcelo Krieger, especialista
em direito esportivo.
""Só mudou o nome do feitor: deixou de ser o clube e
passou a ser o empresário. A
legislação abriu a possibilidade para que os empresários se beneficiassem. A picaretagem passou a correr
solta", afirmou ele.
Para Krieger, ""não se esperava que a máfia dos empresários estivesse tão bem organizada ou que se organizasse tão rapidamente"
quando a lei foi proposta.
""O clube investe no atleta.
Mas, quando ele vai assinar
o contrato, quem pega 20%
são os empresários."
Wagner Ribeiro, empresário de vários jogadores do
São Paulo -entre eles Kaká
e França-, rebateu as críticas do advogado.
""Quem passa procuração
para o empresário é o atleta.
É ele ou o seu pai que escolhe
quem será o seu procurador", disse.
""Quando o advogado se
refere à máfia, está sendo pejorativo. Há muito empresário honesto. São os empresários que abrem as portas para os jogadores nos clubes de
todo o mundo", completou.
Para ele, os atletas, e não os
empresários, foram os beneficiados pela lei.
(MS E RP)
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