São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2001

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"Só mudou o nome do feitor", diz especialista

DA REPORTAGEM LOCAL

O panorama do futebol brasileiro, no que diz respeito à negociação de atletas, teve apenas uma alteração com a Lei Pelé, em vigor desde o dia 26 de março deste ano, na visão do advogado Marcelo Krieger, especialista em direito esportivo.
""Só mudou o nome do feitor: deixou de ser o clube e passou a ser o empresário. A legislação abriu a possibilidade para que os empresários se beneficiassem. A picaretagem passou a correr solta", afirmou ele.
Para Krieger, ""não se esperava que a máfia dos empresários estivesse tão bem organizada ou que se organizasse tão rapidamente" quando a lei foi proposta.
""O clube investe no atleta. Mas, quando ele vai assinar o contrato, quem pega 20% são os empresários."
Wagner Ribeiro, empresário de vários jogadores do São Paulo -entre eles Kaká e França-, rebateu as críticas do advogado.
""Quem passa procuração para o empresário é o atleta. É ele ou o seu pai que escolhe quem será o seu procurador", disse.
""Quando o advogado se refere à máfia, está sendo pejorativo. Há muito empresário honesto. São os empresários que abrem as portas para os jogadores nos clubes de todo o mundo", completou.
Para ele, os atletas, e não os empresários, foram os beneficiados pela lei. (MS E RP)



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