DA REPORTAGEM LOCAL

Sintoma da crise que assola o basquete paulista, o Unimed/Ourinhos pode conquistar hoje, pela primeira vez em sua história, o título de campeão paulista.
Para isso, a equipe do técnico Edson Ferretto tem que derrotar o Guaru hoje, no ginásio Maria Paschoalick, em Ourinhos. O time está vencendo por 2 a 1 o mata-mata decisivo contra Guaru.
Sem grandes investimentos e não contando com atletas da seleção brasileira, as duas equipes surpreenderam ao chegar à final. A equipe de Ourinhos eliminou o Arcor/Santo André nas semifinais vencendo a série por 3 a 2. Já o Guaru passou por outro favorito, o Quaker/Jundiaí, por 3 a 1.
Ourinhos, após um modesto quinto lugar no Paulista passado, disputou o Nacional em parceria com o América (RJ). Não foi muito melhor, ficando em sexto.
Após os sucessivos fracassos, o time passou por um processo de reformulação. Do antigo grupo ficaram somente cinco atletas.
Já o Guaru manteve a base de sua equipe e ainda teve o reforço da pivô croata Korie Hlede, cestinha do campeonato, com média de 25 pontos por partida.
As duas equipes foram beneficiadas pela iniciativa da FPB (Federação Paulista de Basquete) de dar uma ajuda de US$ 3.000 para auxiliar o pagamento de cada reforço estrangeiro das equipes -Ourinhos conta com a norte-americana Jack Nero.
Por outro lado, as duas equipes apontadas como favoritas ao título -Santo André e Jundiaí-, que contam com cinco jogadoras da seleção brasileira medalha de bronze em Sydney, naufragaram nas semifinais do torneio.
Os dois times estão às vésperas de estrear no Nacional sem contar com patrocinadores fortes. Jundiaí pode até mesmo ficar fora da competição (leia texto abaixo).
"A perspectiva do fim do patrocínio abalou a equipe nas semifinais. É difícil conseguir resultados convivendo com a insegurança", admitiu a pivô Zaine, do Jundiaí.
Santo André irá contar com um patrocínio de emergência da prefeitura da cidade para manter a equipe até o fim do Nacional.
Dirigentes do time ainda procuram outras empresas para viabilizar a chegada de reforços. "Já tentamos mais de dez empresas. Algumas ficaram de nos dar a resposta em breve. Temos que esperar", afirmou Adão Pereira, supervisor do Santo André.