DA REPORTAGEM LOCAL

A oposição à família Mamede na CBJ (Confederação Brasileira de Judô) formalizou ontem sua chapa para a eleição da entidade, no dia 16 de março, no Rio.
Após as tentativas de encontrar um candidato de consenso, foi inscrita uma chapa encabeçada por Paulo Wanderley Teixeira para a disputa com Joaquim Mamede Júnior, que busca o quarto mandato consecutivo.
Os mandatos de Mamede Júnior na CBJ foram antecedidos pelos três, também em sequência, de seu pai, Joaquim Mamede.
Presidente da federação capixaba, Teixeira foi candidato em 1994, quando perdeu para Mamede Júnior por 13 votos a 10 -na última eleição, em 1997, houve chapa única.
Para Teixeira, as condições atuais são bem diferentes das de 1994. ""Conto com o apoio de 13 das 25 federações que votam."
As principais propostas da oposição são diminuir a diferença entre a questão técnica e a parte organizacional e proporcionar mais representatividade aos atletas.
O candidato compara as conquistas internacionais do judô com a falta de patrocínio e verba da CBJ para explicar a situação atual da modalidade no país. ""Vamos resolver a questão com órgãos governamentais e privados."
Em relação à representatividade dos atletas, o dirigente já entrou em confronto com Aurélio Miguel, um dos principais opositores à administração Mamede e o judoca mais vitorioso do país.
Em 1989, então membro da CBJ, Teixeira apoiou o afastamento de Miguel, que era considerado ""persona non grata" na entidade.
Ele diz que o episódio foi um acidente de percurso. ""Na época, ele (Aurélio Miguel) se manifestou contra a CBJ. Eu fazia parte do sistema e precisava tomar uma posição."
Segundo Teixeira, técnico do Brasil nos Jogos de Barcelona-92 e no Mundial de 93, Miguel foi porta-voz de sua candidatura em 94.
A CBJ informou ontem que Mamede Júnior estava viajando e que não havia nenhum diretor na entidade para falar sobre a eleição.






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