São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 1999

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Suíça é sede do acordo

da Reportagem Local

O acordo dá mais poderes à Nike caso ela queira processar a CBF do que à entidade, na situação inversa.
A cláusula 22 estabelece que o contrato, cujo idioma oficial é o inglês, está submetido às leis da Suíça e que Zurique é o foro "exclusivo" de quaisquer reclamações das partes.
Mas em seguida permite à Nike abrir processo contra a CBF e a Traffic em qualquer tribunal de país ou território em que a entidade e sua agência possuam propriedade.
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Escalonamento
Os US$ 160 milhões que a Nike paga à CBF são repassados de forma escalonada.
Em 96 e 97, a Nike deveria pagar US$ 5 milhões anuais.
O valor foi duplicado em 98 e neste ano chegou a US$ 15 milhões -quantia que deve se manter até 2001.
De 2002 a 2005, o pagamento atinge o pico de US$ 20 milhões/ano e volta a US$ 15 milhões em 2006.
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Detalhes O contrato da Nike contém artigos que revelam a preocupação da multinacional com detalhes.
Por exemplo, é obrigação da CBF garantir que até "a sacola de primeiros socorros usada pela equipe de treinamento da CBF e todas as garrafas de água e geladeiras usadas pelo time" tenham o nome da Nike.
Nem os gandulas dos jogos das seleção ficam à margem do acordo: eles têm de usar "calçados Nike".
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Outro lado Desde que começou a publicar reportagens relativas às contas e aos contratos da CBF, a Folha tem tentado entrar em contato com o presidente da entidade, Ricardo Teixeira.
Segundo sua assessoria de imprensa, o dirigente não se pronunciaria sobre os assuntos. (MD e RD)



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