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Suíça é sede
do acordo
da Reportagem Local
O acordo dá mais poderes
à Nike caso ela queira processar a CBF do que à entidade, na situação inversa.
A cláusula 22 estabelece
que o contrato, cujo idioma
oficial é o inglês, está submetido às leis da Suíça e que
Zurique é o foro "exclusivo" de quaisquer reclamações das partes.
Mas em seguida permite à
Nike abrir processo contra
a CBF e a Traffic em qualquer tribunal de país ou território em que a entidade e
sua agência possuam propriedade.
²
Escalonamento
Os US$ 160 milhões que a
Nike paga à CBF são repassados de forma escalonada.
Em 96 e 97, a Nike deveria
pagar US$ 5 milhões anuais.
O valor foi duplicado em
98 e neste ano chegou a US$
15 milhões -quantia que
deve se manter até 2001.
De 2002 a 2005, o pagamento atinge o pico de US$
20 milhões/ano e volta a
US$ 15 milhões em 2006.
²
Detalhes
O contrato da Nike contém artigos que revelam a
preocupação da multinacional com detalhes.
Por exemplo, é obrigação
da CBF garantir que até "a
sacola de primeiros socorros usada pela equipe de
treinamento da CBF e todas
as garrafas de água e geladeiras usadas pelo time" tenham o nome da Nike.
Nem os gandulas dos jogos das seleção ficam à margem do acordo: eles têm de
usar "calçados Nike".
²
Outro lado
Desde que começou a publicar reportagens relativas
às contas e aos contratos da
CBF, a Folha tem tentado
entrar em contato com o
presidente da entidade, Ricardo Teixeira.
Segundo sua assessoria de
imprensa, o dirigente não
se pronunciaria sobre os assuntos.
(MD e RD)
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