|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TABAGISMO
Entidade veta o produto nos jogos da Copa, que começa no dia de combate ao fumo
Fifa inclui treinadores na proibição ao cigarro
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A YOKOHAMA
É proibido fumar.
Na primeira Copa do Mundo
oficialmente contra o tabagismo,
a Fifa decidiu não poupar nem os
treinadores de cada seleção.
A entidade que rege o futebol,
que marcou o início do Mundial
para o Dia Internacional Contra o
Tabagismo, enviou comunicado
aos 34 técnicos (dois times possuem comando duplo) alertando
para a proibição de fumar nos jogos da Copa do Mundo.
"A Fifa escreveu para todos os
técnicos que estarão em ação no
Mundial apelando para que eles
não fumem durante os jogos do
torneio", disse Keith Cooper, diretor de comunicação da entidade
que comanda o futebol mundial.
Os organizadores da Copa do
Mundo do Japão e da Coréia do
Sul já haviam definido que seria
proibido fumar nos estádios.
A Fifa, no entanto, ainda não
havia tomado até então nenhuma
providência com relação às pessoas ligadas a cada seleção.
"Na realidade, nós sabemos que
são poucos os treinadores que fumam", afirmou Cooper.
"Em 1998, tivemos uma cooperação, pois, quando o quarto árbitro pedia aos técnicos para não fumar, eles geralmente aceitavam.
Mas agora, além de a proibição
ser uma regra da Fifa, há uma lei
que proíbe fumar nos estádios",
completou o dirigente.
A Fifa teme que sua campanha
contra o tabagismo, que pode
contar com a participação, durante a Copa do Mundo, de alguns jogadores famosos, perca credibilidade se as televisões mostrarem
os técnicos e também alguns de
seus dirigentes fumando.
O francês Michel Platini, um ex-jogador bem conhecido e agora
membro do Comitê Executivo da
Fifa, já foi visto fumando em encontros da entidade.
A publicidade de fabricantes de
cigarro tem sido brecada pela Fifa
há 16 anos. A entidade já acertou a
exposição de mensagens antitabagistas antes, durante e depois
das partidas do Mundial.
Na Copa passada, disputada na
França, um técnico em especial
aparecia sempre fumando: o argentino Daniel Passarella.
O ex-treinador da Argentina
pode aparecer nas tribunas agora,
assim como outros ex-jogadores
que ficaram associados ao cigarro, como o holandês Cruyff.
A proibição ao cigarro nos estádios da Copa do Mundo neste ano
já gerou algumas polêmicas.
Uma famosa fabricante de cigarros sul-coreana chegou a explorar a imagem da competição e
de alguns jogadores.
As bebidas alcoólicas, porém,
não sofreram veto. Ao contrário,
cervejas serão vendidas até mesmo nos estádios -e durante as
partidas do Mundial. A norte-americana Budweiser é uma das
principais parceiras do evento.
Houve apenas uma precaução:
limitar a venda de bebidas alcoólicas para não "favorecer" a ação
dos hooligans, os torcedores violentos, uma das principais preocupações da segurança tanto de
Japão quanto de Coréia do Sul.
Especialmente na partida entre
Inglaterra e Argentina, pelo Grupo F da primeira fase, na sexta-feira da semana que vem, haverá um
controle maior sobre a venda de
bebidas alcoólicas para os torcedores que estiverem no estádio de
Sapporo, no Japão.
Texto Anterior: Bola Rasteira - Grupo A/ Amanhã: Uruguai retorna ao Mundial após duas Copas e tenta se vingar de Dinamarca Próximo Texto: Memória: Restrições a tabaco começaram na Copa do México, em 1986 Índice
|