São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 2002

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MEMÓRIA

Restrições a tabaco começaram na Copa do México, em 1986

DA REPORTAGEM LOCAL

O pontapé inicial para o banimento do cigarro dos estádios de futebol foi dado na Copa do Mundo de 1986. A legislação mexicana já proibia a publicidade tabagista, e o acordo da Fifa com a RJ Reynolds, que hoje é propriedade da Japan Tobacco, não pôde ser cumprido.
Os dirigentes da entidade, então dirigida pelo brasileiro João Havelange, tentaram derrubar a proibição, mas fracassaram.
A fabricante de cigarros, que havia sido a patrocinadora oficial do Mundial de 1982, na Espanha, decidiu romper o seu contrato com a Fifa.
Não foi o fim do cigarro no futebol, mas foi um duro golpe.
Sem a Fifa, as indústrias tabagistas migraram para o patrocínio de seleções nacionais (Uruguai, Quênia e China são exemplos), mas isso durou pouco.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) intensificou, nas federações esportivas, os trabalhos de conscientização dos males provocados pelo cigarro.
De acordo em acordo, além das legislações nacionais que passaram a aderir à proibição da publicidade tabagista, a fumaça começou a se afastar do esporte.
A campanha "Esporte sem Tabaco", da OMS, conseguiu importantes vitórias recentemente tendo como seus "embaixadores" os ex-jogadores Michael Laudrup, da Dinamarca, e Roger Milla, de Camarões.
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) já definiu data para a expulsão da publicidade de cigarro das pistas: 31 de dezembro de 2006.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) promoveu os Jogos de Inverno "non-smoking", em Salt Lake, neste ano.



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