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Nuzman prefere
esperar; médico
quer medalha
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Carlos Arthur Nuzman e
Eduardo de Rose não falam a
mesma língua. O presidente do
Comitê Olímpico Brasileiro e o
chefe da Comissão Médica da
Organização Desportiva Pan-Americana divergem quando o
assunto é o resultado do antidoping de Maurren Maggi.
Para Nuzman, o caso da atleta é diferente do de Elisângela
Adriano. Para De Rose, não.
Elisângela ganhou ouro no
Pan passado, mas, depois, foi
suspensa por doping por ter sido flagrada na Universíade, em
Palma de Mallorca, torneio anterior aos Jogos. Mesmo assim,
a atleta não perdeu a medalha
que obteve em Winnipeg-99.
"São situações diferentes,
porque o que vale é a comunicação. No Canadá, não tínhamos a comunicação do doping.
Ela competiu, ganhou ouro e
não tinha razão para perdê-lo.
Não foi flagrada no Pan. Agora
temos de esperar, existe uma
comunicação, vamos ver o que
a Iaaf decide", disse Nuzman.
Para De Rose, a situação de
Maurren é idêntica à de Elisângela. "Ela ainda não foi suspensa e, se não for suspensa até o
Pan, tem o direito de competir." E se conquistar medalha?
"Sorte dela. Se competir, é
porque não está suspensa. Dessa forma, nada mais natural do
que lutar para ganhar uma medalha. E, se ganhar, só a perde
se a pegarem em doping no
Pan", afirmou o especialista.
De Rose, porém, acredita que
a Iaaf está lenta no caso.
"Mandei o relatório [para a
federação internacional] há 15
dias. Eles sabiam que havia o
Pan, mas até agora não anunciaram nada. Parece que estão
fazendo corpo mole", disse.
Em seguida, adotou tom menos crítico. ""Quer dizer, corpo
mole é maneira de falar. Mas
que está demorando muito está."
(EO, GR E JCA)
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