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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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Nuzman prefere esperar; médico quer medalha

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Carlos Arthur Nuzman e Eduardo de Rose não falam a mesma língua. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e o chefe da Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-Americana divergem quando o assunto é o resultado do antidoping de Maurren Maggi.
Para Nuzman, o caso da atleta é diferente do de Elisângela Adriano. Para De Rose, não.
Elisângela ganhou ouro no Pan passado, mas, depois, foi suspensa por doping por ter sido flagrada na Universíade, em Palma de Mallorca, torneio anterior aos Jogos. Mesmo assim, a atleta não perdeu a medalha que obteve em Winnipeg-99.
"São situações diferentes, porque o que vale é a comunicação. No Canadá, não tínhamos a comunicação do doping. Ela competiu, ganhou ouro e não tinha razão para perdê-lo. Não foi flagrada no Pan. Agora temos de esperar, existe uma comunicação, vamos ver o que a Iaaf decide", disse Nuzman.
Para De Rose, a situação de Maurren é idêntica à de Elisângela. "Ela ainda não foi suspensa e, se não for suspensa até o Pan, tem o direito de competir." E se conquistar medalha?
"Sorte dela. Se competir, é porque não está suspensa. Dessa forma, nada mais natural do que lutar para ganhar uma medalha. E, se ganhar, só a perde se a pegarem em doping no Pan", afirmou o especialista.
De Rose, porém, acredita que a Iaaf está lenta no caso.
"Mandei o relatório [para a federação internacional] há 15 dias. Eles sabiam que havia o Pan, mas até agora não anunciaram nada. Parece que estão fazendo corpo mole", disse.
Em seguida, adotou tom menos crítico. ""Quer dizer, corpo mole é maneira de falar. Mas que está demorando muito está." (EO, GR E JCA)


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