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AÇÃO
Novela havana
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
O surfe parece estar mesmo
em um bom momento na
mídia. Após entrar para a lista de
atividades dos X-Games e de estar
às vésperas de inaugurar um novo formato de competição na
Olimpíada radical (ao molde dos
esportes coletivos), um "reality
show" que acompanha a vida de
surfistas no Havaí enquanto eles
atuam em um dos mais prestigiados torneios do mundo, o Vans
Triple Crown, é a nova sensação
dos jovens americanos.
"The Boarding House: North
Shore", que completou seis semanas no ar e tem em seu elenco surfistas do porte de Sunny Garcia,
Damien Hobgood, a modelo-surfista Veronica Kay e Chelsea
Georgeson, uma das top do circuito feminino, está surpreendendo
seus produtores pela força com
que tem repercutido entre jovens.
Muitos acreditam, como noticiou o jornal "The LA Times" nesta semana, que a novidade em
"The Boarding House" não seja
exatamente o esporte ou o Vans
Triple Crown, mas a visão "insider" que se tem do estilo de vida
desses surfistas: o que eles pensam, o que consomem, com quem
andam quando não estão desfrutando as melhores ondas.
De olho no desejado filão demográfico, a Outdoor Life Network
comprou os direitos de exibição
das etapas do WCT, a Fox Sports
negociou com a empresa que organiza o US Open de Surf um ano
de contrato, e o show "Fusion
TV", que agrega em seu formato
perfis de surfistas, imagens de torneios, as últimas sobre tecnologia
do esporte e música, tornou-se o
mais assistido da TV americana
no horário em que vai ao ar.
A boa maré fez com que o US
Open de Surf, que começa no fim
de semana, ganhe cobertura especial, com mais horas no ar e mais
câmeras em ação. Na onda, a
MTV criou com a Roxy, confecção especializada em surfe feminino e que pertence à Quiksilver,
o "reality show" "The Girls", também baseado na vida de surfistas.
Mais do que o esporte, a verdade
dos ídolos é que atrai a audiência
e, com ela, patrocinadores e TVs
atrás de consumidores jovens, a
fatia de mercado mais tinhosa de
ser fisgada já que garotos e garotas parecem mudar de gostos e
marcas com a mesma rapidez
com que ganham centímetros.
O surfe, ao que consta, tornou-se a forma mais segura de entrar
nesse grupo. Enquanto novos patrocinadores, executivos, produtores e emissoras se dedicam a entender um pouco mais o segmento, nos bares, nas praias e até mesmo no oustide o que se ouve são
discussões no velho estilo "quem
será quem vai ficar com quem no
final?" sobre os capítulos de "The
Boarding House", no qual Sunny
Garcia parece brigar com um integrante diferente por episódio e,
a cada briga, gerar mais pontos
de audiência para o show. É o
surfe entrando em novas águas.
Em 1962, a rede ABC levou ao ar
o primeiro campeonato de surfe.
Em Huntington Beach, Califórnia, de terno e gravata, um repórter e um fotógrafo, que nunca haviam feito esse tipo de cobertura,
ficavam pendurados em uma
gaiola apoiada no pier e, de lá, colhiam imagens e fatos.
Extreme Esqui/Snowboard
Primeiro campeonato do tipo realizado na América do Sul, o "Osklen King of the Mountain" aconteceu na garganta da "Roca Jack",
Portillo, Chile, e o brasileiro Alfredo Porodi venceu no esqui.
Mergulho
A inglesa Tanya Streeter, 30, bateu na última semana o recorde mundial, masculino e feminino, de free-diving no mar do Caribe ao descer 400 pés -pela regra, a atleta volta sem a ajuda de equipamentos.
Brasileiro de skate
A segunda etapa do circuito profissional prevista para amanhã foi
transferida para o final de outubro. A próxima prova, primeira de
street, será em Manaus (AM), nos dias 23 e 24 de agosto.
E-mail sarli@revistatrip.com.br
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