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Medalhistas têm trajetórias bem diferentes
DA ENVIADA A ROMA
Felipe França nunca viveu
fora do país. Mora em São
Paulo, a maior cidade brasileira. César Cielo cresceu no
mesmo local, mas atingiu o
ápice na pacata Auburn
(EUA). Os medalhistas do
Brasil em Roma cumpriram
trajetórias totalmente diferentes para ir ao pódio.
O ponto em comum foi o
Pinheiros. O clube paulistano abrigou os treinos de Cielo quando ele ainda era adolescente e queria nadar ao lado do ídolo Gustavo Borges.
Lá, o brasileiro despontou.
Depois, rumou para fora do
país para estudar e buscar
melhores condições para desenvolver seu nado.
Foi parar em Auburn, que
tem um renomado programa
para velocistas. Treinava e
estudava na universidade local. Depois do ouro nos Jogos
de Pequim-2008, Cielo se
tornou profissional.
"Auburn tem uma estrutura ótima e a tranquilidade
para eu poder me dedicar só
aos treinos. Definitivamente, minha ida para a cidade
foi muito importante para eu
chegar onde cheguei", afirmou o brasileiro.
A opção por deixar o país já
foi punida pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), que não
renovou patrocínio de nadadores em 2006.
França não saiu nem do
Estado em que nasceu para
treinar. Aos 14 anos, decidiu
ficar em Suzano (SP) para
treinar em vez de seguir a família, que foi para Curitiba.
No Pinheiros, ele começou
a treinar com o técnico Arílson Soares e fazer parte do
grupo de peitistas do clube.
O trabalho passou a ser feito separado dos grupos dos
demais estilos. Com isso, foi
possível trabalhar mais as especificidades do estilo, até
então o mais fraco do Brasil
nos últimos anos.
No ano passado, Franca
conquistou a vaga olímpica
de forma surpreendente,
desbancando nadadores favoritos. Em maio deste ano,
bateu o recorde mundial dos
50 m peito. Anteontem, conquistou a prata no Mundial
de esportes aquáticos.
(ML)
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