DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC

Um dia após a acachapante derrota do Corinthians para o Atlético-MG, o vice afastado Nesi Curi foi ao clube cobrar comissão para o empresário Wagner Ribeiro.
O dirigente, que deixou o cargo com Alberto Dualib, pediu ao contador do clube que telefonasse para Ribeiro. Argumentou que o agente levou o interesse do Shakhtar Donetsk pelo meia Willian.
O jogador foi vendido por US$ 19 milhões (R$ 38 milhões). Ontem, cerca de R$ 30 milhões já estavam nas contas corintianas. Curi exige o pagamento de cerca de R$ 2 milhões a Ribeiro. "Eu levei o negócio ao clube e tenho direito de receber."
A diretoria corintiana não deu ouvidos à exigência de Curi, que prometeu não voltar mais ao Parque São Jorge. Argumenta que o negócio foi oferecido pelo escritório de Franck Henouda, que representa o clube ucraniano no país. Segundo a Folha apurou, Curi pediu a ajuda de Ribeiro na transação após o representante do Shakhtar se interessar por Willian. O agente participara da venda de Ilsinho, ex-São Paulo, para o time da Ucrânia.
Outrora cardeal corintiano, ontem o dirigente se sentiu humilhado no clube. Réu em processo na Justiça por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, foi tratado sem privilégios.
Foi à sua ex-sala, leu jornais e, ao decidir ir embora, pediu um carro a uma secretária. Ela disse que não havia nenhum e que, mesmo se tivesse, não poderia lhe disponibilizar. Ofereceu-lhe um táxi, mas ele teria de pagar.
O cartola, que almoçou no restaurante do Parque São Jorge, foi convidado pelo administrador a deixar o clube para não ficar constrangido com colegas que pudessem pedir sua saída de lá.
Ele reclamou do presidente em exercício, Clodomil Orsi. Disse que ele nem o cumprimenta. E falou que foi com seu apoio que Orsi se tornou vice eleito na gestão de Dualib. 0 (EAR, PGA E RP)


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