São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vôlei sofre com fiascos dos teens

Seleções infanto-juvenis encerram Mundiais com pior resultado até hoje

Categoria é tida pela CBV como o início da formação das equipes principais; time masculino fica em 7º, e o feminino termina em 5º

FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL

Marcelo Negrão, Nalbert, Giba, Érika e Jaqueline são exemplos de jogadores revelados em edições do Mundial infanto-juvenil de vôlei. Todos chegaram às seleções principais.
O Brasil soma oito títulos na categoria até 18 anos, considerada pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) o pontapé inicial para a formação das seleções principais.
Mas o país, atual campeão olímpico e bi mundial no masculino, vem de fracasso na base. As duas equipes infanto, a masculina e a feminina, amargam o pior resultado em Mundiais.
Eles encerraram a participação, no último final de semana, em sétimo. Elas ficaram em quinto, no mês passado. Ambos os torneios foram no México.
Até hoje foram disputados dez Mundiais infanto, desde 1989, sempre para homens e mulheres. Em apenas duas ocasiões (1999 e 2007) o Brasil saiu sem pelo menos um ouro.
O desempenho de agora, porém, é pior que o de oito anos atrás: em 1999, a seleção masculina foi a sétima colocada, mas a feminina levou a prata.
Os rapazes brasileiros sofreram reveses históricos no México. Caíram diante da Argentina, rival para o qual jamais perderam um título dos 15 Sul-Americanos infanto.
O Brasil não confirmou promessas no Mundial. O oposto Renan, 17, nem chegou a ser titular. Com 2,12 m, ele alcança a bola no ataque a 3,46 m, mais alto que os dois opostos da seleção adulta, André Nascimento (3,40 m) e Anderson (3,30 m).
A campanha brasileira foi classificada pela FIVB, a federação internacional, em seu site, como "uma das maiores decepções do torneio".
"Não jogamos tão bem na competição, mas isso faz parte desse trabalho de formação", disse o técnico Marcos Lerbach após o Brasil bater a Índia por 3 a 1 e assegurar o sétimo lugar.
No feminino, Antônio Rizola escalou o time com duas levantadoras -quando elas estão na rede, atuam como atacantes. O objetivo, disse ele, era ajudar a renovação de jogadoras na posição, carente após a era de Fernanda Venturini e Fofão (aos 37, deve jogar até Pequim-08).
"O interessante nos torneios é ver o futuro", comentou o técnico José Roberto Guimarães, da seleção feminina adulta.

Texto Anterior: Xico Sá: Que bonito é
Próximo Texto: Surpresa: Irã, com técnico sérvio, é ouro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.