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Vôlei sofre com fiascos dos teens
Seleções infanto-juvenis encerram Mundiais com pior resultado até hoje
Categoria é tida pela CBV como o início da formação das equipes principais; time masculino fica em 7º, e o feminino termina em 5º
FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL
Marcelo Negrão, Nalbert, Giba, Érika e Jaqueline são exemplos de jogadores revelados em
edições do Mundial infanto-juvenil de vôlei. Todos chegaram
às seleções principais.
O Brasil soma oito títulos na
categoria até 18 anos, considerada pela CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei) o pontapé
inicial para a formação das seleções principais.
Mas o país, atual campeão
olímpico e bi mundial no masculino, vem de fracasso na base.
As duas equipes infanto, a masculina e a feminina, amargam o
pior resultado em Mundiais.
Eles encerraram a participação, no último final de semana,
em sétimo. Elas ficaram em
quinto, no mês passado. Ambos
os torneios foram no México.
Até hoje foram disputados
dez Mundiais infanto, desde
1989, sempre para homens e
mulheres. Em apenas duas ocasiões (1999 e 2007) o Brasil saiu
sem pelo menos um ouro.
O desempenho de agora, porém, é pior que o de oito anos
atrás: em 1999, a seleção masculina foi a sétima colocada,
mas a feminina levou a prata.
Os rapazes brasileiros sofreram reveses históricos no México. Caíram diante da Argentina, rival para o qual jamais perderam um título dos 15 Sul-Americanos infanto.
O Brasil não confirmou promessas no Mundial. O oposto
Renan, 17, nem chegou a ser titular. Com 2,12 m, ele alcança a
bola no ataque a 3,46 m, mais
alto que os dois opostos da seleção adulta, André Nascimento
(3,40 m) e Anderson (3,30 m).
A campanha brasileira foi
classificada pela FIVB, a federação internacional, em seu site, como "uma das maiores decepções do torneio".
"Não jogamos tão bem na
competição, mas isso faz parte
desse trabalho de formação",
disse o técnico Marcos Lerbach
após o Brasil bater a Índia por 3
a 1 e assegurar o sétimo lugar.
No feminino, Antônio Rizola
escalou o time com duas levantadoras -quando elas estão na
rede, atuam como atacantes. O
objetivo, disse ele, era ajudar a
renovação de jogadoras na posição, carente após a era de Fernanda Venturini e Fofão (aos
37, deve jogar até Pequim-08).
"O interessante nos torneios
é ver o futuro", comentou o técnico José Roberto Guimarães,
da seleção feminina adulta.
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