São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Treinador-marido encaminhou ex-ginasta para a prova certa DO ENVIADO A DAEGU O primeiro contato de Fabiana Murer com o salto com vara foi pela televisão. Ao assistir aos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, achou que seria gostoso cair lá de cima. Ela praticava ginástica artística, mas, aos 16 anos, já era grande demais para a modalidade -hoje, ela mede 1,72 m. Foi quando decidiu fazer um teste de atletismo em Campinas, no interior de São Paulo, onde nasceu. Salto com vara não fazia parte do programa, que tinha corrida de 50 m, 1.000 m e salto em distância, mas o técnico Elson Miranda, ao saber que a garota era ginasta, encaminhou-a para a prova. Foi aí que nasceu a parceria que extrapola as pistas. Eles são casados, mas muito discretos. Miranda não gosta de falar sobre o assunto. Acha que tira o foco do trabalho realizado pelos dois. "Depois, se for mal na Olimpíada, ficarão explorando isso", disse ele, que acha que isso nem merece ser citado. "Mas sou, sim, marido dela e com muito orgulho." Sem conhecimento prévio, é difícil dizer que são casados. Quando foi cumprimentá-la pela primeira vez após a maior conquista da mulher, o técnico-marido disse que iria abraçar sua "atleta", então rodeada por jornalistas. Além do abraço, não muito longo, deu um beijo na bochecha e cochichou algo no ouvido. Questionada sobre o que escutara, Murer afirmou que foi apenas parabéns. Mais tarde, ainda em público, eles voltaram a se tocar. Miranda segurou o rosto da mulher, ambos sorriram, mas, quando parecia que iria acontecer o momento romântico, ele a beijou na testa. Na entrevista com as medalhistas, Murer se referia a ele sem fazer qualquer menção de revelar sua ligação aos repórteres estrangeiros. O máximo de proximidade mostrada foi ao dizer que tinha uma disputa com ele. Ex-atleta do salto com vara, Miranda tem como melhor marca na carreira 5,02 m. "Falo para ele que quero superá-lo", declarou a campeã. Miranda sorriu e afirmou que isso não é algo impossível. "Mas ainda vai ser necessário muito trabalho." (FI) Texto Anterior: Ex-técnico de Isinbaieva 'foi fundamental' Próximo Texto: Ira Índice | Comunicar Erros

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