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ATLETISMO
Eventos paralelos planejados para comemorar a data, como festa, totens, livro e grife, não saem do papel
Sem "extras", São Silvestre chega aos 80
EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A tradicional Corrida de São Silvestre atinge hoje sua 80ª edição,
mas não contará com os "extras"
que a organização da prova pretendia materializar para comemorar a data. A largada da prova
feminina será na avenida Paulista,
às 15h15, e a masculina, às 17h.
Planejava-se desde uma grande
festa ao fim da competição até o
lançamento de um livro resgatando a história da corrida, passando
pela implantação de totens indicativos dos quilômetros do percurso e até uma grife própria.
Segundo Júlio Deodoro, da
Fundação Cásper Líbero e organizador da corrida, uma série de fatores impediu que itens comemorativos se tornassem realidade.
"Em vez de tentar levar a cabo esses eventos paralelos de todo jeito,
preferimos organizar uma São
Silvestre como a dos outros anos,
sem novidades, mas sem comprometer a segurança", explicou.
A única iniciativa de comemoração que saiu do papel foi uma
feira de esporte no ginásio do Ibirapuera. Era o mesmo local onde
os inscritos na corrida retiravam
seus kits. Assim, os expositores
puderam apresentar seus produtos a mais de 15 mil consumidores
em potencial. Nesta edição inicial
da feira, porém, menos de dez
empresas montaram estandes.
A principal atração comemorativa dos 80 anos seria uma festa
após a corrida, que emendaria no
tradicional Réveillon na Paulista.
Porém quando a Prefeitura de
São Paulo anunciou no fim do
mês passado que não faria mais o
Réveillon, a organização da prova
desistiu de apresentar uma proposta de viabilizar a celebração.
Quando o governador Geraldo
Alckmin garantiu o patrocínio à
festa de Réveillon (o anúncio foi
feito em meados de dezembro),
os responsáveis pela corrida já
acreditavam que não haveria
tempo hábil para organizar uma
festividade pelos seus 80 anos.
Também chegou-se a cogitar a
possibilidade de editar um livro
sobre a história da corrida intitulado "São Silvestre - 80 anos".
A obra começou a ser escrita
por Deodoro, mas depois ele avaliou que haveria muitas falhas e
resolveu adiar o lançamento.
"Muitos jornalistas, treinadores
e atletas perguntavam para mim
porque não aproveitar o aniversário de 80 anos da São Silvestre para lançá-lo. Mas à medida que fui
escrevendo, achei que poderia ficar melhor e não quis queimar o
cartucho antes da hora", afirma.
Deodoro aponta que até mesmo
a data da edição inicial da corrida
está sob dúvida. "Tenho razões
para crer que começou em 1924,
mas nosso próprio site [da Fundação Cásper Líbero] dá como
sendo em 1925", explica.
O lançamento de uma grife de
artigos esportivos -tênis, mochilas, toalhas- que levariam a
marca da São Silvestre integrava
os planos da organização da corrida, porém não se concretizou
por divergências de filosofia.
Representantes da Fundação
Cásper Líbero chegaram a receber
proposta, mas não gostaram dela.
Os executivos da fundação queriam ceder a marca em troca do
pagamento de royalties, contudo
uma fábrica de tênis sugeriu uma
participação e um investimento
maior da parte da Cásper Líbero.
Outra forma de marcar os 80
anos da corrida do último dia do
ano seria a implantação de totens
indicativos dos quilômetros pelo
percurso. Segundo Deodoro, a introdução das representações implicaria na negociação com a prefeitura de isenção de taxas -o
que levaria tempo. O projeto, então, acabou adiado.
NA TV - Globo e Gazeta, ao
vivo, a partir das 15h15
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