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São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2003

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GAME ON

Eles só querem lucrar, e a gente, só se divertir

ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

À procura do game perfeito... Esse é o sonho de qualquer executivo da indústria de games do planeta. Todos sabem que estão sentados sobre uma mina de ouro com rios de petróleo.
Entreter para enriquecer é o lema. Mas, como criar um jogo que seja absoluto, vendedor, e que ainda garanta o bônus ao executivo no final do ano?
Eles têm tentado de tudo. Esportes, por exemplo: todos sabem que futebol, futebol americano, basquete, corrida, tênis, beisebol, vôlei e boxe já passeiam por consoles há mais de uma década.
Suficiente? Pois os atletas de dedo podem se preparar para jogar sumô, críquete, ciclismo e até corrida de cavalos. Mais ainda: a quase falecida Sega juntou-se à ESPN e fez o primeiro game de futebol americano em primeira pessoa. Isso quer dizer que você escolhe um dos jogadores e vê o jogo pelo capacete do infeliz.
Com heróis, temos de tudo: da Marvel e da DC Comics, ou seja, Homem-Aranha e Super-Homem e seus super-amigos. E agora tem Zorro e Robin Hood. Será que teremos Lassie e Rin Tin Tin?
Coitado do game que dá certo! Vai ganhar versões até secar a fonte. Claro que algumas continuações são muito melhores que o original, mas, em geral, a versão cinco do game já é uma cópia esdrúxula da ótima diversão que você conheceu.
Caros executivos, o game perfeito não existe. Sejam originais e deixem a gente se divertir. Pensem menos na propaganda e no trailer do jogo e mais na jogabilidade e no prazer de quem joga. O dinheiro virá por todos os lados.


Colaborou Fabio Silva
gameon@folha.com.br


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