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SEXO & SAÚDE
JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br
Homofobia e violência estão sempre à espreita
NA ÚLTIMA semana, um
aluno de biologia da USP,
homossexual, foi atacado
em uma festa promovida
pela ECA (Escola de Comunicações e Artes).
Henrique Peres Andrade,
21, estava abraçado ao namorado quando foi agredido com socos, pontapés e
copos por três rapazes. A
notícia foi publicada aqui
na Folha, na última terça.
É claro que em uma festa
não é possível controlar o
comportamento de todo o
mundo. Mas chama a atenção o fato de que o local deveria estar sendo frequentado basicamente por universitários, supostamente pessoas mais esclarecidas.
Supostamente, já que diploma não vacina ninguém
contra a ignorância do preconceito e a brutalidade de
qualquer agressão!
Chama ainda mais a
atenção que isso aconteça
em São Paulo, cidade que
tem liderado uma série de
mudanças de comportamento, principalmente entre os jovens.
Aqui, a Parada Gay se
tornou uma festa popular,
frequentada por pessoas de
diversas orientações sexuais, celebrando a liberdade e o respeito.
Na avenida Paulista, vários casais de jovens gays
andam de mãos dadas e se
beijam nos cafés, sem despertar maior interesse. Fica
a impressão de que a população entendeu que cada um
tem o direito de ficar com
quem bem entende.
Infelizmente, esse novo
episódio (que não é um fenômeno isolado) mostra o contrário. A homofobia, o preconceito e a violência parecem ficar sempre à espreita.
É uma pena! Um retrocesso.
Mesmo retrocesso que você deve ter percebido na reta
final das eleições de 2010.
Ao ler este texto, nosso futuro presidente já terá sido
escolhido. Pena que os dois
candidatos passaram boa
parte do tempo desqualificando o adversário em vez
de construir um discurso
mais propositivo. Preconceito, violência e desqualificações não fazem a sociedade
melhor. O que você acha?
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