JOVENS CARIMBAM PASSAPORTE COM IDEIAS SUSTENTÁVEIS

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Em 2008, César Augusto, 15, via as funcionárias de sua escola em Londrina (PR) lavarem o chão no inverno e pensava: "Essa água deve estar muito fria!".
Ele e alguns colegas desenvolveram, então, um aquecedor solar feito de garrafas PET e de caixas de leite. Problema resolvido.
Com essa ideia "verde" e "sustentável", duas palavras que entraram de vez no vocabulário dos jovens, César começou a se envolver mais na causa ambiental.
No mês passado, ele e mais 20 jovens de todo o Brasil participaram de workshop no Rio para discutir propostas para um mundo mais verde: são os "climate champions" (campeões do clima).
O encontro foi promovido pelo British Council, órgão do governo do Reino Unido. "Conheci vários projetos incríveis que quero trazer para minha cidade", lembra.
Para Cristina Montenegro, representante do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), o aspecto mais interessante do envolvimento dos jovens no tema é a busca por novas tecnologias e novos conceitos.
"A partir do momento em que os jovens são formados com novas visões de consumo, atentos aos problemas ambientais e aos seus reflexos, vão ter mais facilidade para lidar com os desafios do futuro", diz Cristina.
O Pnuma foi parceiro da Bayer no Programa Jovens Embaixadores Ambientais, que escolheu quatro brasileiros para viajar à Alemanha num encontro de jovens verdes do mundo todo.
Amanda Pegoraro, 19, foi uma das vencedoras. Ela criou um programa de reciclagem de óleo de cozinha inédito em sua cidade, Canguçu (RS).
Um posto faz a coleta, e uma empresa compra o óleo para produzir biodiesel. O dinheiro vai para a Apae de Canguçu. "É uma corrente do bem", resume a estudante.
Outro projeto vencedor foi o de Amanda Baldochi, 24, de São Carlos (SP). Durante seu mestrado, ela estudou a qualidade da água de alguns córregos da cidade.
"Estou ansiosa para conhecer projetos de sustentabilidade de outros países e, quem sabe, aplicá-los no Brasil", afirma.


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